quinta-feira, 22 de março de 2012

Pluviana

Ela sente isto...

Seu aroma percorre todos os caminhos, mesmo aqueles mais soturnos e distantes. Segurando forte o desejo ao meu peito, para que ele não corra por ai a me denunciar, vou eu como um caprino para o Gólgota.
Ela sente isto. A sua fragrância tem o hálito das manhãs sonhadas, dos amores inconclusos. Dedos etéreos e sorriso sísmico, como não posso ficar abalado e/ou perder as estruturas?

Eu sinto isto... Seu aroma de chuva refrescante e a derme à quarenta graus, ela é feita exclusivamente para queimar e congelar.
Ela é como uma leve brisa no deserto ou um sopro quente no Alaska. Ela é a própria Chuva, ou não passsa de uma Amazona a cavalgar os ventos do Sul?
Nada posso afirmar convicto. Sei apenas que por onde passa, Pluviana, deixa uma pilha de corpos a chorar por si. Ela é uma força da natureza sob seu próprio controle, mesmo sem saber deste facto.




continua...

Nenhum comentário: