tag:blogger.com,1999:blog-88103605357921921262024-03-14T06:43:27.157-03:00T@hkyonFrankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.comBlogger50125tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-73134489018571744982023-10-12T02:00:00.000-03:002023-10-12T02:00:00.139-03:00Abismal: a Insanidade Desperta<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipAVGa8We3XNLFfTqOOR6bjxF86bvNs_u3r0QcuFu0f3_fmZ7JoqChx2Izdxz1QKTW9qAiMtguC9p4vZW0zpH3dx3k69uVABkxVb3IboFynQ-3NO8GZSyAag2eLqvBpeq_qGMYzbugw5Rf5qdtqsR2RrWvoWXLm2uMkgVXiL8c2ZQ6oJlaYJsSuj9MrFSh" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipAVGa8We3XNLFfTqOOR6bjxF86bvNs_u3r0QcuFu0f3_fmZ7JoqChx2Izdxz1QKTW9qAiMtguC9p4vZW0zpH3dx3k69uVABkxVb3IboFynQ-3NO8GZSyAag2eLqvBpeq_qGMYzbugw5Rf5qdtqsR2RrWvoWXLm2uMkgVXiL8c2ZQ6oJlaYJsSuj9MrFSh" width="400">
</a>
</div><br></div><div><br></div><div>Dos confins da existência, entidade ancestral,</div><div>Rompe o véu da realidade, loucura mortal.</div><div>Trazendo aos mortais a insanidade total.</div><div><br></div><div>Olhos profundos que refletem o abismo,</div><div>Presença sombria que faz tremer o íntimo.</div><div>Enlouquece mentes frágeis, destinos perdidos.</div><div><br></div><div>Em seu toque gélido, o desespero se instaura,</div><div>A sanidade se esvai, a razão se desfigura.</div><div><br></div><div>Desvenda segredos ocultos, mistérios antigos,</div><div>Mas sucumbem ao caos, tomento infinito.</div><div><br></div><div>Nas noites sombrias, a entidade vagueia,</div><div>Semeando medo e desespero na atmosfera.</div><div>Os mortais clamam por paz, por uma saída,</div><div><br></div><div>Ecoam gritos de angústia pelos corredores,</div><div>Enquanto ela ri, alimentando-se das dores.</div><div><br></div><div>Ó entidade ancestral, ser enigmático,</div><div>Teu poder é uma incógnita, um mistério oculto.</div><div>A loucura que trazes é teu legado imortal,</div><div>E a humanidade sucumbe ao teu domínio abismal.</div><div><br></div>Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-45704199602687227262023-06-20T20:51:00.000-03:002023-06-20T20:51:00.134-03:00**O travesseiro**<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhjjqMMcckjtnnxa44QuZ1d8yqwo5EFpOYqulMun9OkQf_G1YY0d49YPXZMIbRWYQOvp_Z3nYTeTp6d-1W_hiB8KZ9UlE8uFvL97V9o-1RSYQKRioCoTg9TwuGgAmL9LxTE5DFA0UGdVA3rJgHnmZ91wGZdcHn5sC8wQffNhsE249dgT22TdO9_edxJKg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhjjqMMcckjtnnxa44QuZ1d8yqwo5EFpOYqulMun9OkQf_G1YY0d49YPXZMIbRWYQOvp_Z3nYTeTp6d-1W_hiB8KZ9UlE8uFvL97V9o-1RSYQKRioCoTg9TwuGgAmL9LxTE5DFA0UGdVA3rJgHnmZ91wGZdcHn5sC8wQffNhsE249dgT22TdO9_edxJKg" width="400">
</a>
</div><div><br></div><div><br></div><div>Na cama, há quatro travesseiros, diferentes cores e tamanhos.</div><div><br></div><div>No primeiro, há uma coroa de flores secas e uma carta amarelada.</div><div>No segundo, há um livro aberto e uma pena.</div><div><br></div><div>No terceiro, há um colar de pérolas e um anel.</div><div>No quarto, há um mapa do mundo e uma bússola.</div><div><br></div><div>No centro da cama, pessoas abraçadas, cobertas por um lençol branco.</div><div>Dormem em profundidade, tranquilamente, com sorrisos nos semblantes.</div><div><br></div><div>Cabelos loiros e olhos azuis. Usa uma túnica verde e um manto marrom.</div><div><br></div><div>Cabelos pretos e olhos verdes. Usa uma túnica preta e um manto cinza.</div><div><br></div><div>Na parede atrás da cama, um quadro com a pintura de uma pessoa. Cabelos castanhos e olhos castanhos. Usa uma túnica vermelha e um manto azul.</div><div>No chão ao lado da cama, há uma espada e um escudo com um brasão desgastado, irreconhecível.</div><div><br></div><div> Eis agora um viajante misterioso, que chegou ao castelo na noite anterior, transmitindo uma sensação de paz, amor e felicidade.</div>Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-50331320542004292592023-06-03T14:15:00.000-03:002023-06-03T14:15:00.154-03:00O Despertar de Belka<div><br></div><div>Belka latia de medo dentro da cápsula espacial. A missão fora um fracasso. O foguete se desviou da órbita e se aproximava de um buraco negro. De repente a nave começa a vibrar. Belka sentiu uma estranha sensação de leveza e uma luz brilhante à frente do pequeno módulo. Ela atravessou um portal e chegou a um mundo desconhecido. Lá, ela encontrou outros animais que falavam e pensavam como ela. Eles a acolheram e lhe ensinaram sobre sua cultura e história. Belka descobriu que era uma cosmonauta de um universo paralelo, onde os humanos eram dominantes. Ela se sentiu livre e feliz pela primeira vez em sua vida. Ela tinha encontrado seu lar.</div>Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-88253739305473540312017-08-07T14:36:00.001-03:002022-09-24T11:50:00.188-03:00A Boca Rubra<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://dodoce.tumblr.com/" target="_blank"><img alt="http://dodoce.tumblr.com/" border="0" src="http://68.media.tumblr.com/tumblr_m5fhsbCfDZ1rt3130o1_400.jpg" data-original-height="298" data-original-width="320" height="595" width="640"> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br></div>
<i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">O coração perfurado<br>A boca rubra,<br>Sangue... Saliva morna<br>Mergulhe em mim,<br>Beba meu corpo fresco<br><br>Gostos e sensações<br>Olhos enluarados dos teus<br>Um sol amanhece que já não mais<br>clareia a escuridão.<br><br>O coração perfurado<br>A boca rubra,<br>Sangue... Saliva morna<br>Infiltre-se nas delicadezas de meu ser,<br>Rasure meus confortos e permaneça...</span></i><br>
<br>
<div style="text-align: right;">
<a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/" target="_blank"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><i><span style="font-size: x-small;">*Frankj Costa*</span></i></span></a></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-20756815849727022112016-11-09T01:20:00.002-03:002016-11-09T01:34:32.488-03:00Oracular<div style="text-align: right;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: 0px; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://68.media.tumblr.com/7731556bda0cb0a2ba9c40d1b6d949a5/tumblr_o3mk8hejmt1rfa3lxo1_400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://68.media.tumblr.com/7731556bda0cb0a2ba9c40d1b6d949a5/tumblr_o3mk8hejmt1rfa3lxo1_400.jpg" width="256" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><i>(Mozak)</i></span></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br /></div>
<br />
A Luz desce.<br />
A Luz detém-se no Limiar.<br />
<br />
Desde aí, em profundidade com o Ser.<br />
Fala, guia, dá à todas as sombras seu devido nome. <br />
<br />
Para isso lembra: o toda matéria se acabará, deixa tua mente quieta, cala tua voz e ouve.<br />
Só assim teu anseio de paz se tornará verdade. <br />
<br />
É quando a Paz Final te receberá no silêncio infinito...<br />
<br />
<br />
<br />
<h3 style="text-align: right;">
*<a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/2016/11/sou_9.html" target="_blank"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><i><span style="font-size: xx-small;">Frankj Costa</span></i></span></a>* </h3>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-59244057179032819282016-08-20T09:39:00.000-03:002016-08-20T09:39:36.981-03:00Na pequena caixa<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">Na
minha pequena e velha caixa de lata, estava escondido um botão quebrado
do meu casaquinho de infância.</span></span></div>
<span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;"></span></span><span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;"></span></span><span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;"></span></span><br />
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">Lembrando-me que o tempo é de dupla
natureza - mesmo que ninguém atente - e então sou transportado para
aquele momento embora eu permaneça aqui... como eu gostaria de ficar lá.</span></span><span class="EOP SCX63778409" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 18px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">Uma
velha carta dobrada de baixo das pilhas de roupas no meu armário me
leva para toda a glória escrita nela: lugares visitados e amados - o
espaço não está consolidado.</span></span><span class="EOP SCX63778409" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 18px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-COrZo4unDNg/V7hOvMm4dHI/AAAAAAAALoY/GdGCYa_ru1sSuycOA1A_VD3z-eosJQDFACLcB/s1600/La-hora-del-Diablo..jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-COrZo4unDNg/V7hOvMm4dHI/AAAAAAAALoY/GdGCYa_ru1sSuycOA1A_VD3z-eosJQDFACLcB/s1600/La-hora-del-Diablo..jpg" /></a><span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">As
velhas tábuas do assoalho da casa onde cresci me dão um vislumbre de
como a vida era suposta ser - como sempre fazem as crianças em seus
sonhos pueris - a vida é uma constante, apesar das mudanças.</span></span><span class="EOP SCX63778409" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 18px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">A fotografia desbotada de um feliz</span></span><span class="EOP SCX63778409" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 18px;"> </span><span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">momento
de um passado agora cada vez mais distante, percebo como lembranças são
estranha: bonitas e tristes ao mesmo tempo - lembrando-me as
contradições de querer governar nosso destino sempre.</span></span><span class="EOP SCX63778409" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 18px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">Em tal cativeiro de tempo, espaço, vida e destino, eu me laço em um feitiço mágico: Recordar.</span></span><span class="EOP SCX63778409" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 18px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">Que me liga a um contentamento para sempre de tudo o que é - me dizendo que nada mais importa, mas é.</span></span></div>
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX63778409" style="margin-left: 0px;">
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">Não importa o que. E então isto se torna</span></span><span class="EOP SCX63778409" style="font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 18px;"> </span><span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">tudo para mim. Todos os momentos,</span></span><span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;"> em todos os lugares, tudo se torna isto.</span></span></div>
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;">E eu percebo quem sou: Eu sou ele.</span></span></div>
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-ey_TUYYj60Q/V7hOz6nfFrI/AAAAAAAALoc/OJmhtwjj12so5iNd-o2gb3UfeCfuHdBUACLcB/s1600/obscuridad03.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://2.bp.blogspot.com/-ey_TUYYj60Q/V7hOz6nfFrI/AAAAAAAALoc/OJmhtwjj12so5iNd-o2gb3UfeCfuHdBUACLcB/s200/obscuridad03.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
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<br /></div>
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<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="Paragraph SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana,"Sans-Serif"; font-size: 6pt; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: right; vertical-align: baseline;">
<span class="TextRun SCX63778409" lang="PT-BR" style="background-color: transparent; color: windowtext; font-family: Calibri,sans-serif; font-size: 11pt; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 18px; text-decoration: none;"><span class="NormalTextRun SCX63778409" style="background-color: inherit;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><i><a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/2016/08/de-profundis-intrudo.html" target="_blank">*Frankj Costa* </a></i></span></span></span></span></div>
</div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-24145611646834650322015-08-27T00:59:00.001-03:002015-08-27T00:59:08.617-03:00Maha Alauyama<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"> A madrugada estava alta. Mais alto ainda estava eu: duas garrafas de gin, uma de vinho; até a meia garrafa de malte escocês (esquecida por alguém no último réveillon) entrou na ciranda.<br /><br /> Com minha última dose de malte - servida chorosa e abundantemente - sentei à janela com um cigarro acesso e a mente fervilhando; pensamentos desconexos em recordações fragmentárias.<br /> Uma memória ignota que teima em recontar de si para si a própria história: editada, revista e revisada, a cada novo ocaso.<br /><br /> O vento alisa meu rosto como tépidas mãos desprovidas de quaisquer anseios. Ao longe ouço o ribombar dum trovão; embora eu não houvesse visto o seu relâmpago... Pouco depois uma fina e gélida chuva começa a entrar pela janela, completando meu copo de malte, me deixando de corpo lavado, mente embotada; imersa em plena solidão.<br /> Apaga-se o encharcado cigarro, que esquecido pendia em minha mão. Do outro lado da rua, o vento traz-me uma canção...</span></div>
<br /><div style="text-align: right;">
<blockquote class="tr_bq">
<div>
<blockquote class="tr_bq">
<div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><i>“...<br />Now you say you’re sorry,<br />For bein’ so untrue<br />Well, you can cry me a river,<br />cry me a river<br />I cried a river over you<br />...<br />”</i></span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><i></i></span></span></blockquote>
</div>
</blockquote>
</div>
</blockquote>
</div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br /></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"> E a música derruba minhas muralhas, abre a represa de minha’lma e vejo-me impotente, chorando sob a chuva fria, à janela de uma casa vazia e gélida. Pondo-me de pé, me debruço sobre o parapeito, meus olhos mergulhando no rio de luzes dos carros passantes na via expressa; metros abaixo.<br /> No armário do banheiro ainda resta um vidro de MAPEZAIDO (do tempo em que vivias comigo). Deito uns comprimidos dentro do copo, olho-os enquanto se desmancham no malte – agora completado com chuva e bourbon -, emprestando uma coloração banco-leitosa ao rubor da bebida e uma textura arenosa ao seu sabor.<br /><br /> No horizonte vejo o sol surgindo por entre as nuvens; o céu vermelho-alaranjado, como a bebida em minhas mãos.<br /> A chuva arrefece e sinto o cheiro da manhã invadir a casa, me invadindo junto.<br /> Sinto as pálpebras pesando a cada gole dado em meu Bourbon. Some minha percepção de mim, assim como some o sol do horizonte no cerrar pétreo de meus olhos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/2015/08/enataraeapaiya.html" target="_blank"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b><i><u>*frankj costa*</u></i></b></span></span></a></span></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-30714781702620675272015-04-15T13:24:00.000-03:002015-04-15T13:37:51.017-03:00Amens Ignocens<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: xx-small;"><u><b><i>No fogo de minha loucura, anseio por respostas que jamais virão. Olho
para coisas que jamais se viram. Chamo por aqueles que jamais vieram.
Convido aos que jamais verão. Encaro toscas faces refletidas de mim, num
espelho partido que jamais consertarão. Ouço acordes de um Concerto sem
os que o poderiam executar. Extenuo-me na estase de emoções que já não
sinto mais. Então, deito-me sobre a relva orvalhada esperando o sono que
não vem. Porque, deitado, Oneiros e comitiva simplesmente não me veem.
Pois que este é o momento que partilho a taça com Platão e Sócrates; e
sabendo-me não-sabedor de tudo, fecho-me.</i></b></u></span></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;"><u><b><i> </i></b></u><u><b><i>No fogo de minha loucura, anseio por respostas que jamais virão. Olho
para coisas que jamais se viram. Chamo por aqueles que jamais vieram.
Convido aos que jamais verão. Encaro toscas faces refletidas de mim, num
espelho partido que jamais consertarão. Ouço acordes de um Concerto sem
os que o poderiam executar. Extenuo-me na estase de emoções que já não
sinto mais. Então, deito-me sobre a relva orvalhada esperando o sono que
não vem. Porque, deitado, Oneiros e comitiva simplesmente não me veem.
Pois que este é o momento que partilho a taça com Platão e Sócrates; e
sabendo-me não-sabedor de tudo, fecho-me.</i></b></u></span></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><u><b><i> </i></b></u><u><b><i>No fogo de minha loucura, anseio por respostas que jamais virão. Olho
para coisas que jamais se viram. Chamo por aqueles que jamais vieram.
Convido aos que jamais verão. Encaro toscas faces refletidas de mim, num
espelho partido que jamais consertarão. Ouço acordes de um Concerto sem
os que o poderiam executar. Extenuo-me na estase de emoções que já não
sinto mais. Então, deito-me sobre a relva orvalhada esperando o sono que
não vem. Porque, deitado, Oneiros e comitiva simplesmente não me veem.
Pois que este é o momento que partilho a taça com Platão e Sócrates; e
sabendo-me não-sabedor de tudo, fecho-me. </i></b></u></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="color: #999999;"><span style="font-size: small;"><u><b><i><span style="font-size: large;"><u><b><i>No fogo de minha loucura, anseio por respostas que jamais virão. Olho
para coisas que jamais se viram. Chamo por aqueles que jamais vieram.
Convido aos que jamais verão. Encaro toscas faces refletidas de mim, num
espelho partido que jamais consertarão. Ouço acordes de um Concerto sem
os que o poderiam executar. Extenuo-me na estase de emoções que já não
sinto mais. Então, deito-me sobre a relva orvalhada esperando o sono que
não vem. Porque, deitado, Oneiros e comitiva simplesmente não me veem.
Pois que este é o momento que partilho a taça com Platão e Sócrates; e
sabendo-me não-sabedor de tudo, fecho-me.</i></b></u></span></i></b></u></span></span></span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-size: x-large;"><u><b><i>No fogo de minha loucura, anseio por respostas que jamais virão. Olho
para coisas que jamais se viram. Chamo por aqueles que jamais vieram.
Convido aos que jamais verão. Encaro toscas faces refletidas de mim, num
espelho partido que jamais consertarão. Ouço acordes de um Concerto sem
os que o poderiam executar. Extenuo-me na estase de emoções que já não
sinto mais. Então, deito-me sobre a relva orvalhada esperando o sono que
não vem. Porque, deitado, Oneiros e comitiva simplesmente não me veem.
Pois que este é o momento que partilho a taça com Platão e Sócrates; e
sabendo-me não-sabedor de tudo, fecho-me.</i></b></u></span></span></span><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b><u><i> *<a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/2015/04/haiku-n-vii.html" target="_blank">frankj costa</a>*</i></u></b></span></span></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-53985056762730656372015-04-15T13:11:00.000-03:002015-04-15T14:16:07.603-03:00O Reino das Sombras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://molo.me/Frankjkosta" target="_blank"><img alt="Molome" border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-mDnMHQwN4k8/VS6LQbYNEMI/AAAAAAAAIgM/9X2IsYj3Hy8/s1600/ciclo.jpeg" height="270" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
No profundo no Reino das Sombras, busca-se pela luz que nunca vem, a paz que jamais chega...<br />
Pois no Reino das Sombras, tudo se revela no limiar do crepúsculo.<br />
<br />
E, das profundezas abissais a Escuridão uníssona encara a Treva habitante de teu interior, a despeito de tua fuga...<br />
No limiar do crepúsculo a Luz preenche os espaços da filosofia vazia da alma perdida em dúvidas nascidas das certezas falaciosas.<br />
<br />
No Reino das Sombras a Luz irrompe. A tudo querendo iluminar, a tudo querendo devorar... Propagando a mentira que afirma ser a luz, a verdade... E o terror se instaura no Reino das Sombras...<br />
Observa-se o passar do Tempo, como algo advindo de um passado longínquo, hermético; dividido entre a Luz e a Escuridão, entre o Agora e o Nunca. À espera do que jamais chegara a ser mais do que um sonho vão e tolo. Assim permanece-se... Assim jaz.<br />
<br />
E assim prossegue a luz na sua estéril tentativa de vencer as trevas. Ignorando ser ela -a luz- filha desta mesma escuridão que tão ferrenhamente agora combate.<br />
Com a luz invadindo o Reino das Sombras, mudanças tem início. E vida inconfessa começa a surgir onde antes apenas a esterilidade existia...<br />
<br />
Mas mesmo esta luz incipiente é natimorta. Pois nada perdura no Reino das Sombras... A iridescência finda, o brilho esmaece, as convicções esmorecem. Sim... Ao incauto viajante fica o parvo alerta: quando estiver impressionado pela luz, lembre-se que ela partirá, e apenas a escuridão permanecerá. Esta é a real essência do Reino das Sombras.<br />
No Reino das Sombras, as criaturas mais estranhas existem, vivendo no tênue limiar entre a Luz e Escuridão. Sem jamais conseguir ocultar a Treva... Que é sua verdadeira natureza, sua real substância!!<br />
<br />
E os viventes do Reinos das Sombras seguem cegos e ignorantes do que sucede em seu derredor. Desconhecendo a horrenda batalha entre Treva e Luz que ocorre na periferia do seu parvo existir. Assim prosseguem, ignorantes de suas prisões.<br />
Em sua suprema angústia, a Luz convulsiona; buscando resistir a ser devorada pela trevosidade circundante. Logrará - a Luz - passar incólume às investidas da Treva Eterna?<br />
<br />
E, na contenda entre Luz e Treva, surge o Tédio. Deformando a Existência, consumindo a Essência.<br />
Reduzindo tudo a Nada. Talvez a menos que isso...<br />
E todos seguem em suas aflições, dilacerados em julgamentos vãos; a Luz corroendo a tudo, permanecendo ignorante de sua própria Escuridão. Em meio a tudo, ansiando pela autoextinção...<br />
<br />
E, consumidos em suas incertezas, os viventes no Reino das Sombras enganam-se com o próximo cigarro, o trago seguinte; o gole dado com sofreguidão no Néctar do Esquecimento. Almejando reinventarem-se um sua busca angustiosa...<br />
Mas a Luz irrompe novamente, rasgando a Treva e tudo quanto existe no Reino das Sombras sofre sua agressão. Tudo queima, todos ardem. E a Treva convulsiona.<br />
<br />
A vida polula por todos os rincões do Reino das Sombras. Diminuta, mas nem por isso menos significante...<br />
Formas de Treva e Escuridão, Vazio e Nulidade movem-se em meio a Luz. Entes de consciência embotada amontoam-se nas frestas e frisos. E por todo lado a Vida vareja e agoniza, arrancada de seu útero escuro.<br />
<br />
A Luz rasga tudo. As cores desvelam-se em sua pálida profusão. Então a ilusão de Vida extrusa das Trevas; e os combalidos habitantes do Reino das Sombras, por uma primeira vez em milênios, ousam crer em Esperança. Esquecendo ser ela prisioneira de, Pandora e sua fatídica caixa: maldição de Deuses arcaicos, ciumentos e mesquinhos, que por húbrys, apartaram-se para outros rincões do Cosmo.<br />
<br />
A Luz (e seu agudo punhal) rasgam as carnes daqueles que vivem em plena Escuridão do Reino das Sombras...<br />
Corta fundo, revelando vísceras, ossos, músculos.<br />
A dor lembrando-os ainda estarem vivos. E sempre, e mais uma vez, os corpos desfazem-se em um jorro líquido rubro, pastoso e agridoce; levando os viventes aos estertores... Ao hálito derradeiro, ao limite da existência.<br />
<br />
E tudo fende, rompe, sangra e morre...<br />
<br />
E novas formas brotam da Escuridão, repopulando o devastado Reino das Sombras...<br />
<br />
Mas a Luz não rende-se. E volta a expandir, queimando e destruindo tudo a que toca. Rasgando o reconfortante véu da ilusão costumeira. Destecendo realidades pré-manufaturadas, desfazendo toda segura noção de certeza.<br />
E tudo no Reino das Sombras geme, agoniza; buscando fugir da Luz para o conforto da Treva, terna, fria, macia, acolhedora. Como um cadáver que busca retornar ao obscuro ventre da Terra...<br />
<br />
E um novo ciclo tem início, contendas de batalhas até a chegada do Não-Tempo do Fim de Todas as Coisas.</div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: xx-small;"><u><b><i>*frankj costa*</i></b></u></span></span></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-44974104099767326692015-04-13T12:53:00.002-03:002015-04-13T12:53:23.505-03:00Kaine & Lílliam<br />
<div class="separator" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<a href="http://caim-thomas.deviantart.com/" target="_blank"><img alt="http://caim-thomas.deviantart.com/" border="0" src="http://fc02.deviantart.net/fs70/f/2013/087/c/1/shahryar_by_caim_thomas-d5zjf0x.jpg" height="320" width="226" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em um balcão de bar há um homem -solitário, de olhos baixos, bebendo seu whisk de forma intencionalmente lenta.<br />Ele observa as pessoas em sua volta, mas sem prestar atenção especificamente a coisa algum; sua mente um frenesi de números, porcentagens, algoritmos financeiros; e sua esposa - Marta.<br />Sempre a voz de Marta: queixando-se do "<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>alto custo de vida</i></span>", queixando-se de que o marido mesmo sendo sócio-proprietário de uma firma consagrada de contabilidade, não para de "<i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">chorar pobreza</span></i>". Sempre aquela voz rouquenta dizendo: "<i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Mas Cæsar, você NUNCA tem dinheiro p'ra nada! Até parece - se-lá - um daqueles sem-tetos que a gente vê no notíciário</span></i>".<br />No começo, Cæsar ainda tentava explicar que fundos de investimento de longo prazo não eram para serem remexidos a cada vez que sua esposa quisesse um vestido Dior recém-lançado. E Marta se desesperava e dizia "<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>o que direi para minhas ammigas? O que Cæsar?!</i></span>".<br />E finalmente aconteceu: Marta envolveu-se com outro homem, alguma espécie de Barão do Petróleo do Oriente Médio, em menos de duas semanas ela entrou com uma ação de divórcio. E, para atormentar a vida de Cæsar, ela queria TUDO. E Cæsar conversava com seus advogados, negociando; enfim fazendo tudo o que fosse possível para que Marta não o levasse à bancarrota.<br /><br />Então aquilo: aquele Congresso de Contabilidade, um mês em outro estado - sozinho, sem Marta para levá-lo à loucura com suas eternas lamuriações.<br /><br />Cæsar estava absorto em seus pensamentos, em suas aflições, e quase não deu por conta de uma mulher que sentou-se a seu lado no balcão do bar do hotel e lhe falava alguma coisa.<br /><br /><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>-- Desculpe, mas você falava comigo?</i></span> Perguntou Cæsar, enquanto tomava mais um gole de seu whisk e fazia uma careta.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Oh, bem, agora já não adianta</span></i> - disse a mulher - eu estava dizendo que se você demorasse mais, seu malte se tornaria um soro com esse tanto de gelo que derretia no copo. Mas você não me ouviu e agora já descobriu da pior forma do que eu falava. E a mulher terminou sua frase com um sorriso encantador, enquanto virava levemente a cabeça de lado, olhando para Cæsar.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Bem, realmente agora é tarde para qualquer aviso.</span></i><br />Concordara Cæsar, enquanto olhava objetivamente para aquela mulher: ela não parecia ter mais que 35 anos, cabelos longos, negros, brilhantes de de aparencia sedosa, presos num coque no alto da cabeça, olhos incrivelmente penetrantes, verdes, parecendo duas jades incrustadas naquele rosto de traços fortes. Sobrancelhas finas, mas que não pareciam de forma alguma desenhadas à lápis ou mesmo à pinça. Orelhas pequenas, com brincos de jaspe vermelho-sange, um nariz afilado, uma testa alta com uma perfeita linha de cabelo. E a pele? Aquela alva pele de brilho tão suave; uma textura como de pura seda quando seu braço resvalou no dele.<br /><br />Ela sorriu mais uma vez e virou-se para o rapaz do bar pedindo um <b>Cheren Pin’on</b>. Cæsar estranha a escolha mas sorri e resolve puxar conversa:<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Moça, você não acha que um Cheren pode ser muito forte pra você?</span></i><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Moço, você estava bebendo chá de whisk e vai implicar com meu Cheren? </span></i>Retrucou ela, rindo em seguida quando percebeu que Cæsar havia ficado sem jeito com sua resposta.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Ok, babie, meu nome é Lílliam. Qual o seu?</span></i><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Cê.. Cé... Cæsar</span></i> (gagejou Cæsar, entre surpreso e divertido com a veemência daquela mulher).<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Certo. Cæser, como o Imperador Romano? UAL! Um nome forte para um homem bonito</span></i>. disse Lílliam com um sorriso úmido nos lábios carnudos de um vermelho rubi intenso.<br /><br />Ele sorriu, sentindo-se mais confiante e pediu mais um whisk (agora com menos gelo) ao atendente de bar, Lílliam pegou seu copo de Cheren Pin'on e seguiram para uma mesa nos fundos do bar do Hotel Turkija-Inn<br /><br />Conversaram animadamente e Cæsar ficou surpreso ao descobrir que Lílliam também era contadora e estava participando do mesmo congresso que ele, apenas hospedada em outro hotel a poucos quarteirões de distância.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Apesar de amanhã ser o último dia do Congresso, pretendo ficar aqui um pouco mais para visitar um amigo com quem não falo a vários anos.</span></i> Dizia Lílliam<br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>"Amigo"? Sei...</i></span> Mas o pequeno ataque de ciúme de Cæsar foi abruptamente cortado quando, casualmente olhou na direção da porta do bar e viu Marta entrando acompanhada por um homem jovem (até mesmo mais jovem que o próprio Cæsar), alto, com uma pele lustrosa, de uma coloração marrom tanado; um cabelo luxuriante e impactantes olhos verdes; praticamente tão verdes quanto os de Lílliam.<br />Quando Cæsar ensaiou levantar-se teve seu braço agarrado por Lílliam que disse:<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Então aquela é a tal Marta de quem você falava? Certo ela está aqui e está acompanhada por aquele jovenzinho; e você pensa em fazer o quê?? Levantar e ir lá fazer o quê?</span></i><br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Eu não sei. Mas eu me recuso a ficar aqui e deixar que ela me faça de imbecil desfilando com aquele garotão-de-praia; me fazendo passar atestado de corno!! Não! De jeito nenhum! Vou lá tirar satisfações e vai ser agora!</i></span><br /><br />--<i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">"atestado de... corno"?</span></i> repetiu Lílliam e explodiu numa gargalhada que deixou Cæsar atônito e sem saber o que dizer.<br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Querido, querido, QUE-RI-DO!</i></span> Começou Lílliam: <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">você está a CENTENAS de quilômetros da cidade de vocês. Quantos conhecidos você encontrou neste bar? Ou no Congresso desde que ele começou?</span></i><br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Nenhum, ninguém</i></span>. Respondeu Cæsar, olhando para Lílliam como se ela estivesse falando de alguma coisa mágica. <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>SIM! Acho que você tem razão garota! Não tem como ela me envergonhar aqui, porque não há aqui ninguém -fora você- que saiba que somos casados; ou mesmo que estamos nos divorciando.</i></span><br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Exatamente gatinho. Então você ir lá "tirar satisfação" só iria pegar mal pra você mesmo; e talvez você ainda levasse uma surra do garoto-dourado alí; você reparou no tamanho do braço dele?!</i></span><br /><br />Cæsar considerou aquilo e resolveu não levantar mais da mesa; embora imediatamente uma dúvida lhe passou pela mente:<br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Mas... Então como eu sairei daqui? Nós estamos no fundo do bar, eles estão mais-ou-menos no meio; exatamente no caminho da saída. E se ela nos ver? ME ver quando estivermos saindo? E se ela me chamar? Ai meu deus! To me sentindo numa ratoeira!</i></span><br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Eu acho que você fica tão bonitinho quanto se desespera Cæsar.</span></i> disse Lílliam olhando-o firmemente nos olhos. <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>E quem disse que ela nos verá? Ela parece estar procurando alguém? Qualquer um que não seja o garoto-jambo que ela tem a tira-colo?</i></span> perguntou ela olhando-o.<br /><br />Cæsar observou como sua esposa (<span style="font-family: inherit;"><i><b>EX</b>-esposa</i></span>, corrigiu-se mentalmente) estava embevecida na companhia daquele rapaz, e percebeu que ela já parecia um tanto bêbada: o riso fácil e alto, os gestos erráticos. Sim, provavelmente ela bebeu muito além da conta, deve ter-se encharcado de Cosmopolitan (<i>maldita Sexy And The City! Maldita Jessica Parker!!</i>; pensou Cæsar); mas alí ele viu sua melhor chance de passar despercebido. Como ela estava, Marta não poderia distinguir um camundongo de um porquinho-da-índia. Era simplesmente perfeito!<br />Virou-se para Lílliam e pediu para irem embora; ele realmente já se sentia bastante alto e não queria ficar olhando sua (ex)esposa se agarrando com o Don Juan ali.<br />Ela sorriu e disse:<br /><br />"<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>No meu quarto ou no seu</i></span>" e explodiu numa gargalhada enquanto se desculpava dizendo: '<i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Eu SEMPRE quis dizer isso!</span></i>'.<br />Cæsar ri desconcertado e murmura "<i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">onde você quiser, minha rainha</span></i>". Ela se delicia, sorri e diz: "<i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">então, meu fiel e leal súdito, sua rainha declara que será no seu quarto</span></i>".<br /><br />Cæsar faz uma reverência (quase perdendo o equilíbrio ao fazê-la) lhe estende a mão e saem juntos do bar em direção ao elevador. Chegam ao apartamento 1304, ele abre a porta e ela salta sobre ele, beijando-lhe a nuca, mordiscando sua orelha. O corpo de Cæsar vibra, treme de desejo e excitação.<br /><br />Ele lhe rasga as roupas atirando-a sobre a cama; joga-se sobre ela: a beijando, mordiscando os mamilos, lambendo-lhe o corpo enquanto ela arfa e suspira; incitando-o a continuar.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Eu te amo Lílliam! Não consigo imaginar minha vida sem você!! Não sei como, nem porquê, mas tenho certeza que te amo! </span></i>Diz Cæsar enquanto a toma para si.<br /><br />Lílliam sorri, encara-o nos olhos empurando-o levemente para longe de si e dispara:<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Então você me ama, Cæsar?</span></i><br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Sim!</span></i><br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Diga que sou linda.</i></span> Pede Lílliam enquanto lambe a orelha de Cæsar; ele estremece e atende seu desejo; enquanto a penetra, Lílliam gira e fica por cima dele, seu corpo quente e macio parecendo embrulhar o corpo de Cæsar.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Me adore! Cante meus louvores!!</span></i> Diz Líiliam.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Você é linda! Eu te adoro, você é minha Deusa; minha única razão de existir...</span></i><br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">SIM! MAIS CÆSAR; MAIS!</span></i><br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Huuuuuuuuummmm Líliam, que delícia. Nunca senti nada como isso antes! Você... Você... Você é meu corpo! Minha alma, minha mente! NADA EXISTE A NÃO SER VOCÊ!!</i></span><br /><br />Um estranho e incomum fulgor rubro começa a surgir no quarto, como que irradiado dos corpos sobre a cama. Cæsar começa a sentir um calor que lhe invade o corpo, uma sensação como a embreagez.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Que é isso?! Delícia! Você é Maravilhosa, Lílliam! Parece que você me engole!</span></i><br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Quem sou eu Cæsar?!</i></span><br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Você é minha Deusa do Amor, da Paixão, da Carne! Você é meu tudo!</span></i><br /><br />A brilho escarlate vai ficando cada vez mais intenso até que tudo é engolfado em um escaldante clarão encarnado.<br />Segundos depois o clarão cessa e Lílliam está sozinha na cama, com uma expressão satisfeita no rosto.<br />Ela espreguiça-se sobre o colçhão e levanta-se preguiçosamente, a meio caminho do banheiro ela ouve curtas batidas à porta; ela faz um leve gesto e a porta abre-se de par-a-par e um jovem alto, com uma pele lustrosa e extremamente bronzeada; um cabelo luxuriante e impactantes olhos verdes entra no quarto, sorrindo para Lílliam fez um suave gesto e a porta do quarto trancou-se.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Como foi a refeição?</span></i> perguntou ele.<br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Simplesmente DE-LI-CI-O-SO! Adoro quando eles estão loucos, no auge da paixão e fornicam de forma violenta!</i></span> Ela respondeu enquanto entrava no banheiro e ligava a ducha sendo seguido por ele.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Já podemos ir então? Estou famélico!</span></i> diz ele enquanto entra sob a ducha com ela.<br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Mas Kaine... Eu disse que você poderia ter-se servido da esposa. Ela não era nenhuma ogro. </i></span>Responde Lílliam olhando de soslaio.<br /><br />-- <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Você me conhece, Senhora. Conhece meus gostos! Ela simplesmente não se enquadrava. </i></span>Retrucava Kaine.<br /><br />Eles abraçam-se sob a água e tomam banho juntos. Escutam baterem na porta, mais e mais batidas. A funcionárias do hotel anunciando o serviço de quarto.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Próxima cidade?</span></i> Pergunta Lílliam.<br /><br />-- <i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">A próxima!!</span></i> Responde o homem chamado Kaine.<br /><br />Eles dão-se as mãos e desvanecem no ar em meio a uma nuvem de fumaça de vapor que escapa da ducha quente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://artrenewal.org/pages/artist.php?artistid=6620" target="_blank"><img alt="http://artrenewal.org/pages/artist.php?artistid=6620" border="0" src="http://artrenewal.org/artwork/620/6620/32850/lilith-large.jpg" height="320" width="268" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b><i><a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/2015/04/do-tempo-que-nao-tempo-tem.html" target="_blank">*frankj costa*</a></i></b></span></span></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-13105501333554597702015-04-06T07:45:00.001-03:002015-04-06T07:50:55.054-03:00-10ºC<br />
<div style="text-align: justify;">
Alguém me disse que eu deveria entender...<br />
Entendê-la?<br />
<br />
Não entendo, ao certo, como surgiu.<br />
<br />
Mas há uma camada de gelo sobre tudo aquilo que construí!<br />
Realmente, passamos nossas vidas construindo, produzindo, criando um ambiente que propicie a quem amamos, tanto quanto a nós, algo de belo, de sublime, de completo nesta vil realidade em que vivemos.<br />
<br />
Então chega o inverno de nossa alma, e percebo como meus esforços não são valorizados.<br />
No entanto certos...<br />
Não vejo mais beleza alguma: tudo é branco e cinza e sem cor e sem alegria.<br />
Fica somente a tristeza e a nostalgia do que um dia foi belo.<br />
<br />
Houveram pessoas importantes que me ajudaram enquanto eu erijia meu Castelo de Esperanças.<br />
Onde estão agora? Não sei.<br />
O Inverno d'Alma as engoliu e me deixou só.<br />
Tanto zelo...<br />
<br />
E vejo tudo ser coberto pelo gelo dos corações mal-amados, pela escuridão da alma de muitos...<br />
Posso até ter sonhos e alegrias... mas esse gelo que nasce no coração de tantos...<br />
Quisera que fossem as obras em gelo de <b><span style="color: black;"><a href="http://www.opovo.com.br/app/opovo/mundo/2015/01/07/noticiasjornalmundo,3372903/festival-de-gelo-e-neve-movimenta-norte-da-china.shtml" target="_blank">Harbin</a><u>, na China</u></span></b>; e não este tenebroso inverno que a tudo consome, desgasta, aniquila...<br />
<br />
Como as árvores de um jardim coberto pela neve após uma temporada de inverno, sinto-me perdendo as folhas, ficando apenas os galhos secos...<br />
Tudo parece sem nexo, não se entende nada!<br />
Não espero que o gelo derreta e volte tudo ao normal, mas o inverno sempre chega... <br />
E é sempre um novo começo...<br />
<br />
E de novo olho para a arma em cima da mesa: a lustro, a lubrifico, a carrego e mais uma vez a deixo lá, dizendo carinhosamente: "Hoje não. Ainda não".</div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="color: red;"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b><i><u><span style="background-color: #eeeeee;">*<a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/2015/04/haiku-n-xxii.html" target="_blank">frankj costa</a>*</span></u></i></b></span></span></span></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-58536193932386072842015-02-17T12:31:00.000-03:002015-02-17T12:40:28.753-03:00Dolina smertnoy teni<div style="text-align: center;">
Sê bem-vindo.<br />
<br />
Sinta-se destinado.</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #660000;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>"Ouça as Crianças da Noite, que linda música elas fazem.".<br />-<a href="http://quemdisse.com.br/frase.asp?frase=94361" target="_blank">Bela Lugosi</a></i></span></span></blockquote>
</div>
Alguns entrarão em suas regiões mais profundas, outros nas menos.<br />
Uns ficarão muito tempo, outros nem tanto.<br />
<br />
Vós sabereis estardes nele quando acordais chorando, quando os dias correm rápido e vós percebeis já estar em outra segunda-feira.<br />
Sem que o tempo pareça ter passado, quando nada parece fazer sentido.<br />
Quando a tristeza for vossa companheira mais frequente, quando vós não enxergardes razão para sair da cama, quando o céu azul é cinza a vossos olhos.<br />
<br />
Quando viver torna-se comer e dormir – se o apetite não desaparece.<br />
Quando a morte passa a não ser tão assustadora assim.<br />
<br />
Então sabereis estar no Vale da Sombra da Morte!<br />
<br />
E, ao longe, quando o ar estiver queimando vossos pulmões; ouvireis esta singela canção. O canto que vos acompanhará:<br />
<br />
<br />
<h2 style="text-align: center;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="color: red;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;">Ikalē nū pāpa</span></span></i></span></span></h2>
<h2 style="text-align: center;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="color: red;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;">'tē mainū dūra dikhā;</span></span></i></span></span></h2>
<h2 style="text-align: center;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="color: red;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;">rāta nū tē tuhānū mērē ālē-du'ālē vēkha sakōgē.</span></span></i></span></span></h2>
<h2 style="text-align: center;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="color: red;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;">Sahī atē aniśacita gi'āna</span></span></i></span></span></h2>
<h2 style="text-align: center;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="color: red;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;">ṭuṭē dila dī kuṭa vica.</span></span></i></span></span></h2>
<br />
<br />
Em vossa angústia e tormento, mirareis com cegos olhos a Treva Infinda que se assoma e pronunciarás vosso Lamento:<br />
<h4 style="text-align: right;">
<span style="background-color: #eeeeee;"><span style="color: #783f04;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>Ó Morte vem a mim.<br />Morte, que estejas aqui.<br />Doce e suave.<br /><br />Queima minha agrura<br />neste ódio de tormentura.<br />Ó Morte, sê minha Salvadora!<br /><br />As ruínas de minh’alma<br />são Quimeras horripilantes.<br />Apenas sombras em meu espírito.<br /><br />Ó Morte porque não te chegas a mim?<br />Almejo teu abraço,<br />desejo a algidez de teu beijo!<br /><br />Mas não vens.<br />Olha-me ao longe no horizonte.<br />Impávida!<br /><br />Sorri-me, gélida.<br />Acena-me um adeus, e se vai<br />sem mim…</i></span></span></span></span></h4>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><i>Neste momento percebereis não existir Salvação ou Redenção.<br />Que infinita é vossa desgraça, pois ela nasceu de vós.</i></span></div>
<br />
<br />
<h4 style="text-align: right;">
<a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/2015/02/o-desenganado-enganador.html" target="_blank"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><u><i><span style="font-size: xx-small;">*frankj costa*</span></i></u></span></a></h4>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-70824111246139351732015-02-07T15:15:00.000-03:002015-02-07T15:17:28.371-03:00Febre D'oiro Houve um dia, há muito tempo, que algumas pessoas derrubaram o muro do cemitério porque começara a correr um boato que havia ouro enterrado numa das covas...<br />
<br />
Foram dias e noites de pás, picaretas, lápides atiradas ao largo; defuntos revirados.<br />
Os religiosos choravam, rezavam, pediam a deus que aquilo parasse.<br />
<br />
<br />
Como eles foram informados que lá havia ouro, nem choro, nem vela, padre ou pastor, nada demovia aqueles ávidos pelos haveres dos mortos.<br />
<br />
Todavia a informação era falsa, ouro não havia alí.<br />
<br />
Sentindo-se ofendidos e ludibriados atearam fogo ao cemitério, porque lá só haviam ossos.<br />
<br />
E com ossos ninguém lucra, a não ser o sarnento cão.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: x-small;"><i><u><b><a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/2015/02/haiku-n-viii.html" target="_blank">*Frankj Costa*</a></b></u></i></span></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-71819941241939425302015-02-06T04:48:00.001-03:002015-02-07T15:22:31.562-03:00Aos Moucos, nem os Guinchos do Mocho Alento Trazem<h4>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><i>4 de novembro, 23:35:></i></span></h4>
Publica numa rede social de amplo alcance, uma mensagem (mascarada de "desabafo"):<br />
<b><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><i>“¡Quanto è difficile essere me!”</i></span></span></b><br />
<br />
Quanto tempo terá refletido sobre suas reais dificuldades?<br />
Quanto tempo ainda levará pra aceitar que ele próprio é o principal agente/causador das coisas que lhe afligem?<br />
<br />
Sim. Existem coisas que o atingem partidas de outras pessoas... Mas quem opta por baixar a guarda?<br />
Sim. Existem eventos que lhe fogem ao controle... Mas quem opta por hipervaloriza-los?<br />
<br />
<br />
Este jovem homossexual está com receio (talvez?): receio de abandonar sua confortável zona segura de lamentações irrefletidas, onde apenas há o inerte penalizar-se.<br />
O contínuo e improfícuo autoapiedar-se, oxalá na vaga e amorfa possibilidade que terceiros lhe dêem conselhos, sugestões; alguns mesmo, haverão, que lhe oferecerão psicotrópicas distrações; ilusões psicoativas mas de parvalhona duração.<br />
<br />
<br />
Quiçá embotará a própria mente e a percepção de si com estímulos fugazes, milifólios miríades de luzes, som e fúria!<br />
Sempre jogando para outra pessoa a responsabilidade (ingrata de todo) da própria felicidade.<br />
Tal jovem não alicerça a felicidade em si mesmo; sempre no movediço terreno da relação, sempre escravizando-se às próprias expectativas sobre o outro e às de outrem sobre si.<br />
Parece querer fazer o exato inverso do Carvalho, e -ao invés de brotar da semente e erguer-se majestoso aos céus; quer arrancar-se (a si próprio) da amplitude magnificente do céu para trancar-se novamente na semente...<br />
<br />
Ao longe, ouve-se um Moucho guinchando.<br />
<br />
<br />
<h4>
<i><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">5 de novembro, 03:35:></span></i></h4>
Acorda com a boca seca, os olhos semicolados pela secreção excrescente... Abre um olho turvo-quase-cego, arrasta-se pesadamente para fora da cama, tateia a mesa tropegamente, encontra o vidro de comprimidos: "enavomi" ele mal consegue ler o rótulo.<br />
Com inegável esforço abre o vidro, deita duas cápsulas na palma da mão, rompe as drágeas depositando seu pó de cor ocre num copo, enchendo-o à metade de seu bourbon favorito. Dissolve tudo com o dedo e toma de um único gole.<br />
Como se de chumbo fossem suas pernas, ele cambaleia de volta ao leito; deixa-se afundar no colchão.<br />
<br />
<br />
<h4>
<i><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">10 de novembro, 18:45:></span></i></h4>
O telejornal do lusco-fusco, repete a notícia dada no plantão de meio-dia:<br />
<blockquote class="tr_bq">
<h3>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">"Jovem homoafetivo encontrado morto na própria casa. Polícia suspeita de suicídio"</span></h3>
</blockquote>
<br />
E, assim, morre sem nunca ter vivido, tornando-se poeira e estatística.<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2176812608252252778#editor/target=post;postID=8125250436998282326;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=0;src=postname" target="_blank"><u><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: xx-small;">*Frankj Costa* </span></span></i></u></a></div>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://dl-web.dropbox.com/get/Efeitos/vinhetas%20-%20%28efeitos%20sonoros%29%20-%20coruja%2C%20grilos%20e%20gato.mp3?_subject_uid=256134859&w=AABjoy1B21TnQdYm-pt1tXS9pItHQ4oMyFwmT9uKmGUyjQ" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;" target="_blank"><img alt="https://dl-web.dropbox.com/get/Efeitos/vinhetas%20-%20%28efeitos%20sonoros%29%20-%20coruja%2C%20grilos%20e%20gato.mp3?_subject_uid=256134859&w=AABjoy1B21TnQdYm-pt1tXS9pItHQ4oMyFwmT9uKmGUyjQ" border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-UrmrOS9A53k/U1weqbQRYTI/AAAAAAAAL5o/yN_fzSywgGY/s1600/PNG+-+Coruja+4.png" height="200" width="171" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">http://png-free.blogspot.com.br</span></i></span></td></tr>
</tbody></table>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-61767629600974579752014-10-20T06:33:00.001-03:002014-10-20T06:37:36.677-03:00Vídeo nas Aldeias<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="background-color: #cccccc;">Uma cultura, um povo, tudo tem história!</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="background-color: #cccccc;">São essas histórias que criam as tradições, as religiões. O "modus operandi" pelo qual agimos/interagimos com / no e sobre o mundo que nos cerca.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="background-color: #cccccc;">Com isto em mente; compartilho uma matéria interessante e o link onde poderão assistir a esta história.</span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
------------------------------------------------------------------------------------------------------------</div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamuikumalu, um ritual feminino para que ela cante mais uma última vez. O ritual consiste, entre outras coisas, em invadir as cabanas dos homens durante a noite e forçá-los a praticar sexo, provocando e capturando - intercalando força e brincadeira - os homens da aldeia.</span></span></i></div>
<div style="text-align: right;">
Fonte: <a href="https://catracalivre.com.br/geral/cinema-dica-digital/indicacao/filme-retrata-indias-do-alto-xingu-que-obrigam-os-homens-a-fazer-sexo/" target="_blank">Catraca Livre</a></div>
<div style="text-align: center;">
____________________________________________________________________ </div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="280" mozallowfullscreen="" src="//player.vimeo.com/video/91615057?title=0&byline=0&portrait=0&color=c9485a" webkitallowfullscreen="" width="500"></iframe> <br />
<a href="http://vimeo.com/91615057">As Hiper Mulheres</a> from <a href="http://vimeo.com/larevolucionesahora">LA REVOLUCION ES AHORA!</a> on <a href="https://vimeo.com/">Vimeo</a>.Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-8565845587170417352014-07-25T06:25:00.000-03:002014-07-25T06:25:32.896-03:00A Igreja do Diabo<title></title><style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } </style> <br />
--> <div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Por </span></span><br /><a href="http://www.releituras.com/machadodeassis_bio.asp" target="_blank"><span class="st">Machado de Assis</span></a></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>I - DE UMA IDÉIA MIRÍFICA</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
CONTA um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em certo dia, teve a idéia de fundar uma igreja. Embora os seus lucros fossem contínuos e grandes, sentia-se humilhado com o papel avulso que exercia desde séculos, sem organização, sem regras, sem cânones, sem ritual, sem nada. Vivia, por assim dizer, dos remanescentes divinos, dos descuidos e obséquios humanos. Nada fixo, nada regular. Por que não teria ele a sua igreja? Uma igreja do Diabo era o meio eficaz de combater as outras religiões, e destruí-las de uma vez. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Vá, pois, uma igreja, concluiu ele. Escritura contra Escritura, breviário contra breviário. Terei a minha missa, com vinho e pão à farta, as minhas prédicas, bulas, novenas e todo o demais aparelho eclesiástico. O meu credo será o núcleo universal dos espíritos, a minha igreja uma tenda de Abraão. E depois, enquanto as outras religiões se combatem e se dividem, a minha igreja será única; não acharei diante de mim, nem Maomé, nem Lutero. Há muitos modos de afirmar; há só um de negar tudo. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Dizendo isto, o Diabo sacudiu a cabeça e estendeu os braços, com um gesto magnífico e varonil. Em seguida, lembrou-se de ir ter com Deus para comunicar-lhe a idéia, e desafiá-lo; levantou os olhos, acesos de ódio, ásperos de vingança, e disse consigo: - Vamos, é tempo. E rápido, batendo as asas, com tal estrondo que abalou todas as províncias do abismo, arrancou da sombra para o infinito azul. </div>
<div style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>II - ENTRE DEUS E O DIABO</b></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
DEUS recolhia um ancião, quando o Diabo chegou ao céu. Os serafins que engrinaldavam o recém-chegado, detiveram-no logo, e o Diabo deixou-se estar à entrada com os olhos no Senhor. </div>
<div style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Que me queres tu? perguntou este. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Não venho pelo vosso servo Fausto, respondeu o Diabo rindo, mas por todos os Faustos do século e dos séculos. </div>
<div style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Explica-te. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Senhor, a explicação é fácil; mas permiti que vos diga: recolhei primeiro esse bom velho; dai-lhe o melhor lugar, mandai que as mais afinadas cítaras e alaúdes o recebam com os mais divinos coros... </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Sabes o que ele fez? perguntou o Senhor, com os olhos cheios de doçura. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Não, mas provavelmente é dos últimos que virão ter convosco. Não tarda muito que o céu fique semelhante a uma casa vazia, por causa do preço, que é alto. Vou edificar uma hospedaria barata; em duas palavras, vou fundar uma igreja. Estou cansado da minha desorganização, do meu reinado casual e adventício. É tempo de obter a vitória final e completa. E então vim dizer-vos isto, com lealdade, para que me não acuseis de dissimulação... Boa idéia, não vos parece? </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Vieste dizê-la, não legitimá-la, advertiu o Senhor. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Tendes razão, acudiu o Diabo; mas o amor-próprio gosta de ouvir o aplauso dos mestres. Verdade é que neste caso seria o aplauso de um mestre vencido, e uma tal exigência... Senhor, desço à terra; vou lançar a minha pedra fundamental. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Vai. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Quereis que venha anunciar-vos o remate da obra? </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Não é preciso; basta que me digas desde já por que motivo, cansado há tanto da tua desorganização, só agora pensaste em fundar uma igreja? </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
O Diabo sorriu com certo ar de escárnio e triunfo. Tinha alguma idéia cruel no espírito, algum reparo picante no alforje de memória, qualquer cousa que, nesse breve instante da eternidade, o fazia crer superior ao próprio Deus. Mas recolheu o riso, e disse: </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Só agora concluí uma observação, começada desde alguns séculos, e é que as virtudes, filhas do céu, são em grande número comparáveis a rainhas, cujo manto de veludo rematasse em franjas de algodão. Ora, eu proponho-me a puxá-las por essa franja, e trazê-las todas para minha igreja; atrás delas virão as de seda pura... </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Velho retórico! murmurou o Senhor. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Olhai bem. Muitos corpos que ajoelham aos vossos pés, nos templos do mundo, trazem as anquinhas da sala e da rua, os rostos tingem-se do mesmo pó, os lenços cheiram aos mesmos cheiros, as pupilas centelham de curiosidade e devoção entre o livro santo e o bigode do pecado. Vede o ardor, - a indiferença, ao menos, - com que esse cavalheiro põe em letras públicas os benefícios que liberalmente espalha, - ou sejam roupas ou botas, ou moedas, ou quaisquer dessas matérias necessárias à vida... Mas não quero parecer que me detenho em coisas miúdas; não falo, por exemplo, da placidez com que este juiz de irmandade, nas procissões, carrega piedosamente ao peito o vosso amor e uma comenda... Vou a negócios mais altos... </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Nisto os serafins agitaram as asas pesadas de fastio e sono. Miguel e Gabriel fitaram no Senhor um olhar de súplica. Deus interrompeu o Diabo. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Tu és vulgar, que é o pior que pode acontecer a um espírito da tua espécie, replicou-lhe o Senhor. Tudo o que dizes ou digas está dito e redito pelos moralistas do mundo. É assunto gasto; e se não tens força, nem originalidade para renovar um assunto gasto, melhor é que te cales e te retires. Olha; todas as minhas legiões mostram no rosto os sinais vivos do tédio que lhes dás. Esse mesmo ancião parece enjoado; e sabes tu o que ele fez? </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Já vos disse que não. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Depois de uma vida honesta, teve uma morte sublime. Colhido em um naufrágio, ia salvar-se numa tábua; mas viu um casal de noivos, na flor da vida, que se debatiam já com a morte; deu-lhes a tábua de salvação e mergulhou na eternidade. Nenhum público: a água e o céu por cima. Onde achas aí a franja de algodão? </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Senhor, eu sou, como sabeis, o espírito que nega. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Negas esta morte? </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Nego tudo. A misantropia pode tomar aspecto de caridade; deixar a vida aos outros, para um misantropo, é realmente aborrecê-los... </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Retórico e subtil! exclamou o Senhor. Vai; vai, funda a tua igreja; chama todas as virtudes, recolhe todas as franjas, convoca todos os homens... Mas, vai! vai! </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Debalde o Diabo tentou proferir alguma coisa mais. Deus impusera-lhe silêncio; os serafins, a um sinal divino, encheram o céu com as harmonias de seus cânticos. O Diabo sentiu, de repente, que se achava no ar; dobrou as asas, e, como um raio, caiu na terra.<br /> </div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b>III - A BOA NOVA AOS HOMENS</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
UMA VEZ na terra, o Diabo não perdeu um minuto. Deu-se pressa em enfiar a cogula beneditina, como hábito de boa fama, e entrou a espalhar uma doutrina nova e extraordinária, com uma voz que reboava nas entranhas do século. Ele prometia aos seus discípulos e fiéis as delícias da terra, todas as glórias, os deleites mais íntimos. Confessava que era o Diabo; mas confessava-o para retificar a noção que os homens tinham dele e desmentir as histórias que a seu respeito contavam as velhas<br />beatas. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
- Sim, sou o Diabo, repetia ele; não o Diabo das noites sulfúreas, dos contos soníferos, terror das crianças, mas o Diabo verdadeiro e único, o próprio gênio da natureza, a que se deu aquele nome para arredá-lo do coração dos homens. Vede-me gentil a airoso. Sou o vosso verdadeiro pai. Vamos lá: tomai daquele nome, inventado para meu desdouro, fazei dele um troféu e um lábaro, e eu vos darei tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo... </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Era assim que falava, a princípio, para excitar o entusiasmo, espertar os indiferentes, congregar, em suma, as multidões ao pé de si. E elas vieram; e logo que vieram, o Diabo passou a definir a doutrina. A doutrina era a que podia ser na boca de um espírito de negação. Isso quanto à substância, porque, acerca da forma, era umas vezes subtil, outras cínica e deslavada. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Clamava ele que as virtudes aceitas deviam ser substituídas por outras, que eram as naturais e legítimas. A soberba, a luxúria, a preguiça foram reabilitadas, e assim também a avareza, que declarou não ser mais do que a mãe da economia, com a diferença que a mãe era robusta, e a filha uma esgalgada. A ira tinha a melhor defesa na existência de Homero; sem o furor de Aquiles, não haveria a <i>Ilíada</i>: "Musa, canta a cólera de Aquiles, filho de Peleu"... O mesmo disse da gula, que produziu as melhores páginas de Rabelais, e muitos bons versos do <i>Hissope</i>; virtude tão superior, que ninguém se lembra das batalhas de Luculo, mas das suas ceias; foi a gula que realmente o fez imortal. Mas, ainda pondo de lado essas razões de ordem literária ou histórica, para só mostrar o valor intrínseco daquela virtude, quem negaria que era muito melhor sentir na boca e no ventre os<br />bons manjares, em grande cópia, do que os maus bocados, ou a saliva do jejum? Pela sua parte o Diabo prometia substituir a vinha do Senhor, expressão metafórica, pela vinha do Diabo, locução direta e verdadeira, pois não faltaria nunca aos seus com o fruto das mais belas cepas do mundo. Quanto à inveja, pregou friamente que era a virtude principal, origem de prosperidades infinitas; virtude preciosa, que chegava a suprir todas as outras, e ao próprio talento. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
As turbas corriam atrás dele entusiasmadas. O Diabo incutia-lhes, a grandes golpes de eloqüência, toda a nova ordem de cousas, trocando a noção delas, fazendo amar as perversas e detestar as sãs. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Nada mais curioso, por exemplo, do que a definição que ele dava da fraude. Chamava-lhe o braço esquerdo do homem; o braço direito era a força; e concluía: muitos homens são canhotos, eis tudo. Ora, ele não exigia que todos fossem canhotos; não era exclusivista. Que uns fossem canhotos, outros destros; aceitava a todos, menos os que não fossem nada. A demonstração, porém, mais rigorosa e profunda, foi a da venalidade. Um casuísta do tempo chegou a confessar que era um<br />monumento de lógica. A venalidade, disse o Diabo, era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se tu podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, cousas que são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em todo caso, estão fora de ti, como é que não podes vender a tua opinião, o teu voto, a tua palavra, a tua fé, cousas que são mais do que tuas, porque são a tua própria consciência, isto é, tu mesmo? Negá-lo é cair no absurdo e no contraditório. Pois não há mulheres que vendem os cabelos? não pode um homem vender uma parte do seu sangue para transfundi-lo a outro homem anêmico? e o sangue e os cabelos, partes físicas, terão um privilégio que se nega ao caráter, à porção moral do homem? Demonstrando assim o princípio, o Diabo não se demorou em expor as vantagens de ordem temporal ou pecuniária; depois, mostrou ainda que, à vista do preconceito social, conviria dissimular o exercício de um direito tão legítimo, o que era exercer ao mesmo tempo a venalidade e a hipocrisia, isto é, merecer duplicadamente. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
E descia, e subia, examinava tudo, retificava tudo. Está claro que combateu o perdão das injúrias e outras máximas de brandura e cordialidade. Não proibiu formalmente a calúnia gratuita, mas induziu a exercê-la mediante retribuição, ou pecuniária, ou de outra espécie; nos casos, porém, em que ela fosse uma expansão imperiosa da força imaginativa, e nada mais, proibia receber nenhum salário, pois equivalia a fazer pagar a transpiração. Todas as formas de respeito foram condenadas por ele, como elementos possíveis de um certo decoro social e pessoal; salva, todavia, a única exceção do<br />interesse. Mas essa mesma exceção foi logo eliminada, pela consideração de que o interesse, convertendo o respeito em simples adulação, era este o sentimento aplicado e não aquele. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Para rematar a obra, entendeu o Diabo que lhe cumpria cortar por toda a solidariedade humana. Com efeito, o amor do próximo era um obstáculo grave à nova instituição. Ele mostrou que essa regra era uma simples invenção de parasitas e negociantes insolváveis; não se devia dar ao próximo senão indiferença; em alguns casos, ódio ou desprezo. Chegou mesmo à demonstração de que a noção de próximo era errada, e citava esta frase de um padre de Nápoles, aquele fino e letrado<br />Galiani, que escrevia a uma das marquesas do antigo regímen: "Leve a breca o próximo! Não há próximo!" A única hipótese em que ele permitia amar ao próximo era quando se tratasse de amar as damas alheias, porque essa espécie de amor tinha a particularidade de não ser outra cousa mais do que o amor do indivíduo a si mesmo. E como alguns discípulos achassem que uma tal explicação, por metafísica, escapava à compreensão das turbas, o Diabo recorreu a um apólogo: - Cem pessoas tomam ações de um banco, para as operações comuns; mas cada acionista não cuida realmente senão nos seus dividendos: é o que acontece aos adúlteros. Este apólogo foi incluído no livro da sabedoria.<br /> </div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b>IV - FRANJAS E FRANJAS</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
A PREVISÃO do Diabo verificou-se. Todas as virtudes cuja capa de veludo acabava em franja de algodão, uma vez puxadas pela franja, deitavam a capa às urtigas e vinham alistar-se na igreja nova. Atrás foram chegando as outras, e o tempo abençoou a instituição. A igreja fundara-se; a doutrina propagava-se; não havia uma região do globo que não a conhecesse, uma língua que não a traduzisse, uma raça que não a amasse. O Diabo alçou brados de triunfo. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Um dia, porém, longos anos depois notou o Diabo que muitos dos seus fiéis, às escondidas, praticavam as antigas virtudes. Não as praticavam todas, nem integralmente, mas algumas, por partes, e, como digo, às ocultas. Certos glutões recolhiam-se a comer frugalmente três ou quatro vezes por ano, justamente em dias de preceito católico; muitos avaros davam esmolas, à noite, ou nas ruas mal povoadas; vários dilapidadores do erário restituíam-lhe pequenas quantias; os fraudulentos falavam, uma ou outra vez, com o coração nas mãos, mas com o mesmo rosto dissimulado, para fazer crer que estavam embaçando os outros. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
A descoberta assombrou o Diabo. Meteu-se a conhecer mais diretamente o mal, e viu que lavrava muito. Alguns casos eram até incompreensíveis, como o de um droguista do Levante, que envenenara longamente uma geração inteira, e, com o produto das drogas, socorria os filhos das vítimas. No Cairo achou um perfeito ladrão de camelos, que tapava a cara para ir às mesquitas. O Diabo deu com ele à entrada de uma, lançou-lhe em rosto o procedimento; ele negou, dizendo que ia ali roubar o camelo de um<i> drogman</i>; roubou-o, com efeito, à vista do Diabo e foi dá-lo de presente a um muezim, que rezou por ele a Alá. O manuscrito beneditino cita muitas outras descobertas extraordinárias, entre elas esta, que desorientou completamente o Diabo. Um dos seus melhores apóstolos era um calabrês, varão de cinqüenta anos, insigne falsificador de documentos, que possuía uma bela casa na campanha romana, telas, estátuas, biblioteca, etc. Era a fraude em pessoa; chegava a meter-se na cama para não confessar que estava são. Pois esse homem, não só não furtava ao jogo, como ainda dava gratificações aos criados. Tendo angariado a amizade de um cônego, ia todas as semanas confessar-se com ele, numa capela solitária; e, conquanto não lhe desvendasse nenhuma das suas ações secretas, benzia-se duas vezes, ao ajoelhar-se, e ao levantar-se. O Diabo mal pôde crer tamanha aleivosia. Mas não havia duvidar; o caso era verdadeiro. </div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Não se deteve um instante. O pasmo não lhe deu tempo de refletir, comparar e concluir do espetáculo presente alguma cousa análoga ao passado. Voou de novo ao céu, trêmulo de raiva, ansioso de conhecer a causa secreta de tão singular fenômeno. Deus ouviu-o com infinita complacência; não o interrompeu, não o repreendeu, não triunfou, sequer, daquela agonia satânica.<br />Pôs os olhos nele, e disse: </div>
<ul style="margin-left: 0.64cm;">
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Que queres tu, meu pobre Diabo? As capas de algodão têm agora franjas de seda, como as de veludo tiveram franjas de algodão.</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Que queres tu? É a eterna contradição humana.</div>
</li>
</ul>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-8359187363059511282014-07-25T06:20:00.000-03:002014-07-25T06:20:08.500-03:00VENHA VER O PÔR-DO-SOL<div class="Section1">
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<a href="http://www.releituras.com/lftelles_bio.asp" target="_blank">Por Lygia Fagundes Telles</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela subiu sem pressa a tortuosa ladeira. À medida que avançava, as casas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>iam<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>rareando, modestas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span> casas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span> espalhadas<span style="mso-tab-count: 2;"> </span> sem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span> simetria<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>e ilhadas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>em<span style="mso-tab-count: 1;"> </span> terrenos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>baldios. <span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>meio<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>da<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>rua<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>sem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>calçamento, coberta<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>aqui<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>e<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ali<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>por<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>mato<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>rasteiro,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>algumas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>crianças brincavam de roda. A débil cantiga infantil era a única nota viva na quietude da tarde.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ele a esperava, encostado a uma árvore. Esguio e magro, metido num largo blusão azul-marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinha um jeito jovial de estudante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Minha querida Raquel.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela encarou-o, séria. E olhou para os próprios sapatos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Veja que lama. Só mesmo você inventaria um encontro num lugar destes. Que idéia, Ricardo, que idéia! Tive que descer do táxi lá longe, jamais ele chegaria aqui em cima.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ele riu entre malicioso e ingênuo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Jamais?<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Pensei<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>viesse<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vestida<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>esportivamente<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>e<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>agora<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>me aparece<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>nessa<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>elegância!<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Quando<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>você<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>andava<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>comigo,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>usava<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>uns sapatões de sete léguas, lembra?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Foi para me dizer isso que você me fez subir até aqui? – perguntou ela, guardando as luvas na bolsa. Tirou um cigarro. - Hein?!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ah, Raquel... - e ele tomou-a pelo braço. Você está uma coisa de linda. E fuma agora uns cigarrinhos pilantras, azul e dourado...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Juro que eu tinha que ver ainda uma vez toda essa beleza, sentir esse perfume. Então? Fiz mal?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Podia ter escolhido um outro lugar, não? -Abrandara a voz. - E que é isso aí? Um cemitério?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ele voltou-se para o velho muro arruinado. Indicou com o olhar o portão de ferro, carcomido pela ferrugem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Cemitério<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>abandonado, <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>meu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>anjo. <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Vivos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>e<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mortos, <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>desertaram todos. <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>fantasmas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sobraram, <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>olha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>aí<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>como<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>as<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>criancinhas brincam sem medo acrescentou apontando as crianças na sua ciranda.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela tragou lentamente. Soprou a fumaça na cara do companheiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Ricardo e suas idéias. E agora? Qual o programa?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Brandamente ele a tomou pela cintura.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Conheço<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>bem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tudo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>isso, <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>minha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>gente está, enterrada aí. Vamos entrar<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>instante<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>e<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>te<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mostrarei<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pôr-do-sol<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mais<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>lindo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>do mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela encarou-o um instante. Envergou a cabeça para trás numa risada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Ver o pôr-do-sol!... Ali, meu Deus... Fabuloso, fabuloso!... Me implora um último encontro, me atormenta dias seguidos, me faz vir de longe para esta buraqueira, só mais uma vez, só mais uma! E para quê? Para ver o pôr-do-sol num cemitério...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ele riu também, afetando encabulamento como um menino pilhado em falta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Raquel, minha querida, não faça assim comigo. Você sabe que eu gostaria era de te levar ao meu apartamento, mas fiquei mais pobre ainda, <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>como<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>isso<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>fosse<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>possível. <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Moro<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>agora<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>numa pensão horrenda, a dona é uma Medusa que vive espiando pelo buraco da fechadura...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- E você acha que eu iria?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Não se zangue, sei que não iria, você está sendo fidelíssima.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Então<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pensei, <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pudéssemos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>conversar<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pouco<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>numa<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>rua afastada... <span style="mso-tab-count: 2;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>disse<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ele, aproximando-se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mais.<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>Acariciou-lhe<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o braço com as pontas dos dedos. Ficou sério. E aos poucos, inúmeras rugazinhas foram-se formando em redor dos seus olhos ligeiramente apertados. <span style="mso-tab-count: 2;"> </span>Os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span> leques<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>rugas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>aprofundaram<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>numa<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>expressão astuta. Não era nesse instante tão jovem como aparentava. Mas logo sorriu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>e<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>a<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>rede<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 3;"> </span>rugas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>desapareceu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span> sem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>deixar<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vestígio. Voltou-lhe novamente o ar inexperiente e meio desatento. - Você fez bem em vir.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Quer dizer que o programa... E não podíamos tomar alguma coisa num bar?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Estou sem dinheiro, meu anjo, vê se entende.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Mas eu pago.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Com<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dinheiro<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dele?<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Prefiro<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>beber<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>formicida. <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Escolhi<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>este passeio<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>porque<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>é<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>graça<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>e<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>muito<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>decente, <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>não<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pode<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>haver<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um passeio mais decente, não concorda comigo? Até romântico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela olhou <st1:personname productid="em redor. Puxou" w:st="on">em redor. Puxou</st1:personname> o braço que ele apertava.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Foi um risco enorme, Ricardo. Ele é ciumentíssimo. Está farto de saber que tive meus casos. Se nos pilha juntos, então sim, quero só<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ver<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>alguma<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>das<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>suas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>fabulosas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>idéias<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vai<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>me consertar<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>a vida.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Mas me lembrei deste lugar justamente porque não quero que você se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>arrisque, <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>meu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>anjo. <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Não<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>lugar<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mais<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>discreto<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>do que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um cemitério abandonado, veja, completamente abandonado – prosseguiu ele,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>abrindo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>portão.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>velhos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>gonzos gemeram.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Jamais<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>seu amigo ou um amigo do seu amigo saberá que estivemos aqui.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- É um risco enorme, já disse. Não insista nessas brincadeiras, por favor. E se vem um enterro? Não suporto enterros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Mas enterro de quem? Raquel, Raquel, quantas vezes preciso repetir a mesma coisa?! Há séculos ninguém mais é enterrado aqui, acho que nem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ossos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sobraram, que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>bobagem. Vem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>comigo, pode<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>me<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dar<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o braço, não tenha medo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">O<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mato<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>rasteiro<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dominava<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tudo. E<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>não<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>satisfeito<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ter-se alastrado<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>furioso<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pelos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>canteiros, <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>subira<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pelas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sepulturas, infiltrara-se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ávido<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pelos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>rachões<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mármores,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>invadira<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>as alamedas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pedregulhos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>esverdinhados,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>como se quisesse com sua violenta força de vida cobrir para sempre os últimos vestígios da morte. Foram andando pela longa alameda banhada de sol. Os passos de ambos ressoavam sonoros como uma estranha música feita do som das folhas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>secas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>trituradas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sobre<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pedregulhos.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Amuada<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mas obediente,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ela<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>deixava<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>conduzir<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>como<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>uma<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>criança.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>As<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vezes mostrava<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>certa<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>curiosidade<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>por<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>uma<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ou<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>outra<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sepultura<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>com<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>os pálidos, medalhões de retratos esmaltados.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>imenso,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>hein?<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>E<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tão<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>miserável,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>nunca<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vi<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>cemitério<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mais miserável,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>deprimente<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>exclamou<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ela,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>atirando<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>a<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ponta<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>do cigarro<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>na<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>direção<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>anjinho<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>cabeça<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>decepada.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Vamos embora, Ricardo, chega.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Ali, Raquel, olha um pouco para esta tarde! Deprimente por quê?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Não sei onde foi que eu li, a beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio-tom, nessa ambigüidade. Estou-lhe dando um crepúsculo numa bandeja, e você se queixa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Não gosto de cemitério, já disse. E ainda mais cemitério pobre.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Delicadamente ele beijou-lhe a mão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Você prometeu dar um fim de tarde a este seu escravo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>fiz<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mal.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Pode<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ser<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>muito<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>engraçado,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>não<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>quero<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>me arriscar mais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Ele é tão rico assim?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Riquíssimo.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Vai<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>me<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>levar<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>agora<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>numa<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>viagem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>fabulosa<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>até<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Oriente.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Já<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ouviu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>falar<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>no<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Oriente?<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Vamos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>até<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Oriente,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>meu caro...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ele apanhou um pedregulho e fechou-o na mão. A pequenina rede de rugas voltou a se estender em redor dos seus olhos. A fisionomia, tão aberta e lisa, repentinamente escureceu, envelhecida. Mas logo o sorriso reapareceu e as rugazinhas sumiram.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Eu também te levei um dia para passear de barco, lembra?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Recostando a cabeça no ombro do homem, ela retardou o passo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Sabe, Ricardo, acho que você é mesmo meio tantã... Mas apesar de tudo, tenho às vezes saudade daquele tempo. Que ano aquele! Quando penso, não entendo como agüentei tanto, imagine, um ano!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>você<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tinha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>lido<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Dama<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>das Camélias, ficou assim toda frágil,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>toda<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sentimental.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>E<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>agora?<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>romance<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>você<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>está<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>lendo agora?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Nenhum - respondeu ela, franzindo os lábios. Deteve-se para ler a inscrição de uma laje despedaçada: minha querida esposa, eternas saudades<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>leu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>em<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>voz<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>baixa.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Pois<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sim.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Durou<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pouco<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>essa eternidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ele atirou o pedregulho num canteiro ressequido.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Mas é esse abandono na morte que faz o encanto disto. Não se encontra<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mais<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>a<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>menor<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>intervenção<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vivos,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>a<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>estúpida intervenção<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vivos.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Veja<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>disse<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>apontando<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>uma<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sepultura fendida, a erva daninha brotando insólita de dentro da fenda -, o musgo já cobriu o nome na pedra. Por cima do musgo, ainda virão as raízes, depois as folhas... Esta a morte perfeita, nem lembrança, nem saudade, nem o nome sequer. Nem isso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela aconchegou-se mais a ele. Bocejou.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Está bem, mas agora vamos embora que já me diverti muito, faz tempo que não me divirto tanto, só mesmo um cara como você podia me<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>fazer<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>divertir <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>assim.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Deu-lhe<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>rápido<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>beijo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>na<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>face.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-Chega, Ricardo, quero ir embora.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Mais alguns passos...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>este<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>cemitério<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>não<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>acaba<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mais, já andamos quilômetros! -</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Olhou para trás. - Nunca andei tanto, Ricardo, vou ficar exausta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>boa<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vida<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>te<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>deixou<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>preguiçosa?<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>feio<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>lamentou<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ele, impelindo-a para frente. - Dobrando esta alameda, fica o jazigo da<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>minha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>gente,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>é<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>lá<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vê o pôr-do-sol. Sabe, Raquel, andei<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>muitas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vezes<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>por<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>aqui<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mãos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dadas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>com<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>minha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>prima.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Tínhamos então doze anos. Todos os domingos minha mãe vinha trazer flores e arrumar nossa capelinha onde já estava enterrado meu pai.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Eu e minha priminha vínhamos com ela e ficávamos por aí, de mãos dadas, fazendo tantos planos. Agora as duas estão mortas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Sua prima também?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Também. Morreu quando completou quinze anos. Não era propriamente bonita,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tinha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>uns<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>olhos...<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Eram<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>assim verdes como os seus, parecidos com os seus. Extraordinário, Raquel, extraordinário como vocês duas... Penso agora que toda a beleza ela residia apenas nos olhos, assim meio oblíquos, como os seus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Vocês se amaram?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela me amou. Foi a única criatura que... Fez um gesto. - Enfim, não tem importância.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Raquel tirou-lhe o cigarro, tragou e depois devolveu-o.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Eu gostei de você, Ricardo.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: always;" /> </span></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-E eu te amei. E te amo ainda. Percebe agora a diferença?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Um - pássaro rompeu cipreste e soltou um grito. Ela estremeceu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Esfriou, não? Vamos embora.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Já chegamos, meu anjo. Aqui estão meus mortos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Pararam diante de uma capelinha coberta: de alto a baixo por uma trepadeira selvagem, que a envolvia num furioso abraço de cipós e folhas. A estreita porta rangeu quando ele a abriu de par em par.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">A<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>luz<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>invadiu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>cubículo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>paredes<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>enegrecidas,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>cheias<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de estrias de antigas goteiras. No centro do cubículo, um altar meio desmantelado, coberto por uma toalha que adquirira a cor do tempo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Dois<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vasos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>desbotada<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>opalina<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ladeavam<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tosco<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>crucifixo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de madeira. Entre<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>braços<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>da<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>cruz,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>uma<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>aranha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tecera<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dois triângulos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>teias<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>já rompidas,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pendendo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>como<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>farrapos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um manto<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>alguém<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>colocara<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sobre<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ombros do Cristo. Na parede lateral, à direita da porta, uma portinhola de ferro dando acesso para uma escada de pedra, descendo em caracol para a catacumba.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela entrou na ponta dos pés, evitando roçar mesmo de leve naqueles restos da capelinha.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Que triste que é isto, Ricardo. Nunca mais você esteve aqui?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ele<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tocou<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>na<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>face<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>da<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>imagem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>recoberta<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>poeira.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sorriu, melancólico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sei<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>você<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>gostaria<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>encontrar tudo limpinho, flores nos vasos, velas, sinais da minha dedicação, certo? Mas já disse que o que mais amo neste cemitério é precisamente este abandono, esta solidão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">As<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pontes<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>com<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>outro<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mundo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>foram<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>cortadas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>e<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>aqui<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>a<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>morte<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se isolou total. Absoluta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela adiantou-se e espiou através das enferrujadas barras de ferro da<span style="mso-tab-count: 1;"> </span> portinhola.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na semiobscuridade<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>do<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>subsolo,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>gavetões<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se estendiam<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ao<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>longo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>das<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>quatro<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>paredes<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>formavam<span style="mso-tab-count: 1;"> </span> um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>estreito retângulo cinzento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- E lá embaixo?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Pois lá estão as gavetas. E, nas gavetas, minhas raízes. Pó, meu anjo, pó - murmurou ele. Abriu a portinhola e desceu a escada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Aproximou-se de uma gaveta no centro da parede, segurando firme na alça de bronze, como se fosse puxá-la. - A cômoda de pedra. Não é grandiosa?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Detendo-se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>no<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>topo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>da<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>escada,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ela<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>inclinou-se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mais<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>para<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ver melhor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Todas essas gavetas estão cheias?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Cheias?... Só as que têm o retrato e a inscrição, está vendo?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Nesta<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>está<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>retrato<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>da<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>minha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mãe,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>aqui<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ficou<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>minha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mãe<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>- prosseguiu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ele,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tocando<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>com<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>as<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pontas<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dedos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>num<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>medalhão esmaltado embutido no centro da gaveta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela cruzou os braços. Falou baixinho, um ligeiro tremor na voz.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Vamos, Ricardo, vamos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Você está com medo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Claro que não, estou é com frio. Suba e vamos embora, estou com frio!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ele<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>não<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>respondeu.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Adiantara-se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>até<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>gavetões<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>na<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>parede oposta<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>e<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>acendeu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>fósforo.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Inclinou-se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>para<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>medalhão frouxamente iluminado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- A priminha Maria Emília. Lembro-me até do dia em que tirou esse retrato, duas semanas antes de morrer... Prendeu os cabelos com uma fita azul e veio se exibir, estou bonita? Estou bonita?... -</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Falava agora consigo mesmo, doce e gravemente. - Não é que fosse bonita, mas os olhos... Venha ver, Raquel, é impressionante como tinha olhos iguais aos seus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela desceu a escada, encolhendo-se para não esbarrar em nada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Que frio faz aqui. E que escuro, não estou enxergando!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Acendendo outro fósforo, ele ofereceu-o à companheira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Pegue,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dá<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>para<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ver<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>muito<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>bem...<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Afastou-se para o lado. -</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Repare nos olhos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Mas está tão desbotado, mal se vê que é uma moça... - Antes da chama se apagar, aproximou-a da inscrição feita na pedra. Leu em voz alta, lentamente. - Maria Emília, nascida em vinte de maio de mil e oitocentos e falecida... - Deixou cair o palito e ficou um instante imóvel. - Mas esta não podia ser sua namorada, morreu há mais de cem anos! Seu menti...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio. Olhou em redor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">A<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>peça<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>estava<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>deserta.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Voltou<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>olhar<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>para<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>a<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>escada.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>topo, Ricardo a observava por detrás da portinhola fechada. Tinha seu sorriso – meio inocente, meio malicioso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Isto<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>nunca<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>foi<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>jazigo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>da<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sua<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>família,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>seu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mentiroso!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Brincadeira<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mais<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>cretina!<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>exclamou ela, subindo rapidamente a escada. - Não tem graça nenhuma, ouviu?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ele esperou que ela chegasse quase a tocar o trinco da portinhola de ferro. Então deu uma volta à chave, arrancou-a da fechadura e saltou para trás.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ricardo, abre isto imediatamente! Vamos, imediatamente! - ordenou, torcendo o trinco. - Detesto este tipo de brincadeira, você sabe disso.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Seu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>idiota!<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>no<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>dá<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>seguir<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>a cabeça<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>um<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>idiota desses. Brincadeira mais estúpida!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Uma<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>réstia<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sol<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vai<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>entrar<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pela<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>frincha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>da<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>porta<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tem<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>uma frincha<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>na<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>porta.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Depois<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>vai<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>afastando,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>devagarinho,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>bem devagarinho. Você terá o pôr-do-sol mais belo do mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ela sacudia a portinhola.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ricardo,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>chega,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>já<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>disse!<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Chega!<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Abre<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>imediatamente, imediatamente!<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>-<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sacudiu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>a<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>portinhola<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>com<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mais<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>força<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ainda, agarrou-se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>a<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ela, dependurando-se<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>por<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>entre<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>as<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>grades.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ficou ofegante, os olhos cheios de lágrimas. Ensaiou um sorriso. - Ouça, meu bem, foi engraçadíssimo, mas agora preciso ir mesmo, vamos, abra...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Ele<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>já<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>não<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sorria.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Estava<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sério,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>os olhos diminuídos. Em redor deles, reapareceram as rugazinhas abertas em leque.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Boa noite, Raquel.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Chega, Ricardo! Você vai me pagar!... - gritou ela, estendendo os braços por entre as grades, tentando agarrá-lo. - Cretino! Me dá a chave desta porcaria, vamos! - exigiu, examinando a fechadura nova em folha. -Examinou em seguida as grades cobertas por uma crosta de ferrugem. Imobilizou-se. Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo. Encarou-o, apertando contra a grade a face sem cor. Esbugalhou os olhos num espasmo e amoleceu o corpo. Foi escorregando. -Não, não...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Voltado ainda para ela, ele chegara até a porta e abriu os braços. Foi puxando, as duas folhas escancaradas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Boa noite, meu anjo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Os lábios dela se pregavam um ao outro, como se, entre eles houvesse<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>cola.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>olhos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>rodavam<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>pesadamente<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>numa<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>expressão embrutecida.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- Não...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Guardando<span style="mso-tab-count: 3;"> </span>a<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>chave<span style="mso-tab-count: 2;"> </span> no<span style="mso-tab-count: 1;"> </span> bolso,<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>ele retomou<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o caminho percorrido.:<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>breve<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>silêncio,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>som<span style="mso-tab-count: 1;"> </span> dos pedregulhos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se entrechocando<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>úmidos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>sob<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>seus<span style="mso-tab-count: 2;"> </span>sapatos. E,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>de<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>repente,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>o grito medonho, inumano:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">- NÃO!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Durante<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>algum<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>tempo<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ele<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ainda<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ouviu<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>gritos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>que<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se multiplicaram, semelhantes aos de, um animal sendo, estraçalhado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Depois,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>os<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>uivos<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>foram<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>ficando<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>mais<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>remotos,<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>abafados<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>como<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Nenhum ouvido humano escutaria agora, qualquer chamado. –Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.</span></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-78489374348628952422014-07-25T06:12:00.003-03:002014-07-25T06:46:09.615-03:00Sobre 7 Ondas Verdes EspumantesO título desta postagem (e há quanto tempo que não postava...) peguei emprestado ao documentário sobre a vida e obra e a obra de vida de Caio Fernando Abreu [ou simplesmente <a href="http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction=biografias_texto&cd_verbete=5069" target="_blank">Caio F.</a>].<br />
Não minto: por minha admiração (amor?) a Caio F, eu criei uma expectativa gigantesca sobre o filme; eu esperava chorar, sofrer, rir. Ter uma cartase profunda, como quando leio seus textos.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.portalbei.com.br/2014/06/o-filme-para-sempre-teu-caio-f-estreia-ainda-em-2014/" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" target="_blank"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/--iRYWMw-Pxo/U9InG3QEH_I/AAAAAAAAH7A/QUQKS2dTAZQ/s1600/Caio_F.jpg" height="228" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Caio F. (Foto Reprodução/A Razão)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Mas o filme é suave, delicado; tanto quanto toda a doçura que se pode encontrar nos escritos de Caio. Ali vê-se reunidos textos 'literários' e textos íntimos, suas cartas enviadas a amigos. Contudo, estou <b>longe</b> de estar decepcionado.<br />
Estou EXTASIADO! O filme seduziu-me, acalentou-me. E, se eu ainda quisera chorar, no filme também houve momento em que esta minha "exigência" foi satisfeita.<br />
<br />
Caio fala do amor, e do que antecede/acompanha/sucede o amor: amor-morte, amor-saudade, amor-solidão, amor-guerra; mas ainda assim, amor.<br />
Fala sobre a fome que nos devora por dentro -assim- aos poucos.<br />
E aqueles que conhecem essa fome saberão entender a que me refiro.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão.<br />Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?</span></i></b></div>
</blockquote>
<div style="text-align: right;">
<a href="http://pensador.uol.com.br/autor/caio_fernando_abreu/" target="_blank"><i>Caio F.</i></a></div>
Não pretendo alongar o texto em uma frialdade de análise à lá "<span class="short_text" id="result_box" lang="fr"><span class="hps alt-edited"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">le critique de cinéma</span></i>"; não.</span></span><br />
<span class="short_text" id="result_box" lang="fr"><span class="hps alt-edited">Nem quero engessar os significados que este filme pode ter, os sentimentos que ele pode tocar/despertar.</span></span><br />
Menos ainda pretendo encher vossas mentes com digressões "espoileréticas" <de spoiler=""> e antecipar trechos do mesmo</de><br />
Recomendo que o assistam e, à guisa de estímulo, vos cedo o trailer.<br />
<br />
<br />
<br />
<object height="315" width="560"><param name="movie" value="//www.youtube.com/v/ewGUXy9anZY?hl=pt_BR&version=3&rel=0"></param>
<param name="allowFullScreen" value="true"></param>
<param name="allowscriptaccess" value="always"></param>
<embed src="//www.youtube.com/v/ewGUXy9anZY?hl=pt_BR&version=3&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" width="560" height="315" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true"></embed></object>
<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo...</span></i></b></div>
</blockquote>
<div style="text-align: right;">
<a href="http://pensador.uol.com.br/autor/caio_fernando_abreu/" target="_blank"><i>Caio F.</i></a> </div>
<br />
<br />
<h3 style="text-align: right;">
<span style="font-weight: normal;"><i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;">*<a href="http://www.paraninguemcartas.blogspot.com.br/2014/07/insomniac.html" target="_blank">frankj costa</a>*</span></span></i></span></h3>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-49439783366309618962014-02-28T11:42:00.000-03:002014-02-28T11:42:00.659-03:00Baseado em fatos ReaisHoje, fugindo da temática principal deste blog, postarei um texto encontrado em <i><b><span style="color: #999999; font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><a href="http://minilua.com/mundo-dentro-caixa-espelhos/">minilua.com</a></span></b></i><br />
<i><b>Mas que mui bem poderia ser roteiro de algum filme de horror/terror...</b></i><br />
<i><b><br /></b></i>
<h2 class="b1" style="font-family: 'Segoe UI', 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 36px; list-style: none none; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Avenida Ocean, 112</h2>
<div align="center" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<a href="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/03/amityville-43.jpg" style="line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;"><span style="color: black;"><img alt="amityville-43" border="0" height="273" src="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/03/amityville-43_thumb.jpg" style="border: none; margin: 6px !important; opacity: 0.55; overflow: visible; text-rendering: optimizelegibility;" title="amityville-43" width="273" /></span></a></div>
<div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
A casa número 112 da Avenida Ocean era um moradia como outra qualquer, até que no dia 13 de Novembro de 1974 um dos crimes mais hediondos da história ocorreu nesse local, transformando-o em um sinônimo de mistérios e assombrações.</div>
<div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Em 1965 a família Defoe comprou uma bela e<span style="background-color: white;"> <span style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; line-height: 32px; list-style-position: initial;">grande casa</span> n</span>a Avenida Ocean, onde tinham a esperança de viverem bem e confortavelmente por muito tempo, infelizmente a alegria <span style="background-color: white;">dessa <a class="reading_link" href="http://minilua.com/familia-lucra-uss-100-mil-com-video-menino-anestesiado/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">família</a> não durou, pois mal sabia</span>m que um assassino morava junto com eles.</div>
<div align="center" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<em style="line-height: 32px; text-rendering: optimizelegibility;">Foto dos cincos irmãos</em></div>
<div align="center" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<a href="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/03/family-jonh-mattew-allison-mark-dawn-ronald-jr.jpg" style="line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;"><span style="color: black;"><img alt="family-jonh-mattew-allison-mark-dawn-ronald-jr" border="0" height="308" src="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/03/family-jonh-mattew-allison-mark-dawn-ronald-jr_thumb.jpg" style="border: none; margin: 6px !important; opacity: 0.55; overflow: visible; text-rendering: optimizelegibility;" title="family-jonh-mattew-allison-mark-dawn-ronald-jr" width="320" /></span></a></div>
<div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Ronald "Butch" Júnior era o mais velho de cinco irmãos e também o mais problemático, pois tinha <span style="background-color: white;">envolvimento com <a class="reading_link" href="http://minilua.com/voce-gosta-se-sexo-drogas-rocknroll/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">drogas</a> e às vezes cometia pequenos furtos para sustentar seu vicio. Por esse mau comportamento, as brigas entre ele e seu pai (Sr. Ronald DeFeo) eram comuns.</span></div>
<div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Contudo, no dia 13 de Novembro de 74, Ronald, por um motivo desconhecido, <a class="reading_link" href="http://minilua.com/10-mortes-ridiculas-que-voce-ja-viu/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">resolveu matar todos</a>os membros de sua família. Ele pegou uma carabina e atirou duas vezes contra seus pais. Logo em seguida foi ao quarto de cada um dos seus irmãos e disparou contra el</span>es também. Para finalizar assassinou as outras duas irmãs. Tudo isso foi feito enquanto todos dormiam e por algum motivo estranho ninguém acordou com os disparos. Outro fato interessante é que todos forram colocados de bruços antes de serem atingidos.</div>
<div align="center" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<em style="line-height: 32px; text-rendering: optimizelegibility;">Ronald e seu pai</em></div>
<div align="center" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<a href="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/03/amityville-30.jpg" style="line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;"><span style="color: black;"><img alt="amityville-30" border="0" height="176" src="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/03/amityville-30_thumb.jpg" style="border: none; margin: 6px !important; opacity: 0.55; overflow: visible; text-rendering: optimizelegibility;" title="amityville-30" width="320" /></span></a></div>
<div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Sabendo que acabaria na cadeia, Ronald pediu ajuda a seus <a class="reading_link" href="http://minilua.com/procurando-um-amigo-ou-um-amor-cadastre-se-gratuitamente-em-30-segundos/" rel="nofollow external" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank" title="Procurando um amigo ou um amor? Cadastre-se gratuitamente em 30 segundos">amigos</a> para que mentissem em seu favor de modo a criar um álibi. Mas a arma do crime e outras coisas que o culpavam pelo ato foram encontradas e ele acabou indo a julgamento, onde confessou <a class="reading_link" href="http://minilua.com/veja-lista-politicos-com-nomes-sujos/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">os crimes</a>: <em style="line-height: 32px; text-rendering: optimizelegibility;">"Começou tudo muito rápido. Assim que comecei, não consegui parar. Foi tudo muito rápido".</em></span></div>
<div align="center" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<em style="line-height: 32px; text-rendering: optimizelegibility;">Um dos corpos sendo retirado da casa</em></div>
<div align="center" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<a href="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/03/amityville-42.jpg" style="display: block; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;"><span style="color: black;"><img alt="amityville-42" border="0" height="309" src="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/03/amityville-42_thumb.jpg" style="border: none; margin: 6px !important; opacity: 0.55; overflow: visible; text-rendering: optimizelegibility;" title="amityville-42" width="495" /></span></a></div>
<div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Ronald ainda declarou:<em style="line-height: 32px; text-rendering: optimizelegibility;"> “Eu não matei a minha família, eles iam me matar”. O que eu fiz foi em autodefesa e não <span style="background-color: white;">há nada de errado com isso. Quando <a class="reading_link" href="http://minilua.com/armas-futuro-horizonte-perturbador/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">tenho uma arma</a> na mão, não há duvida nenhuma sobre quem eu sou. Eu sou Deus.</span></em></div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Depois de <a class="reading_link" href="http://minilua.com/aokigahara-floresta-morte/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">matar</a> seus dois irmãos, duas irmãs e seus pais, cada um com dois tiros a queima roupa enquanto dormiam, Ronald "Butch" Júnior foi a julgamento, onde acabou confess</span>ando <a class="reading_link" href="http://minilua.com/animais-mundo-crime/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">seus crimes</a>e alegando autodefesa, porém mesmo assim acabou sendo condenado a mais de 100 anos de prisão.</div>
<div align="center" style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<em style="line-height: 32px; text-rendering: optimizelegibility;">Ronald sendo preso</em></div>
<div align="center" style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<a href="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/04/amityville-13.jpg" style="color: #254998; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;"><img alt="amityville-13" border="0" height="364" src="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/04/amityville-13_thumb.jpg" style="border: none; margin: 6px !important; overflow: visible; text-rendering: optimizelegibility;" title="amityville-13" width="438" /></a></div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Mesmo com o crime resolvido, <a class="reading_link" href="http://minilua.com/10-perguntas-dificeis-todas/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">algumas questões ainda ficaram em aberto</a>, pois suspeita-se que a irmã mais velha de Ronald, Dawn, tenha ajudado a matar seus familiares, para que os dois ficassem com o <a class="reading_link" href="http://minilua.com/jogue-loteria-graasa-sim-graasa-concorra-ata-1-ano-salario/" rel="nofollow external" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank" title="Jogue na loteria de graça, sim de graça e concorra a até 1 ano de salário">dinheiro</a> da família, pois segundo relatos os dois praticavam incesto. Essa suspeita surgiu quando foi encontrado um rastro de pólvora nas roupas dela. Isso faz com que o crime tenha sido planejado. Nesse caso é um mistério seu irmão tê-la matado. Acredita-se que o assassinado de Dawn fora motivado pelo egoísmo de seu irmão mais velho, pois assim ele ficaria com todo o dinheiro e ainda se livraria de uma <a class="reading_link" href="http://minilua.com/recebi-mail-que-aprendemos-vendo-filmes-terror-24/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">testemunha</a>.</div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Uma questão relevante é o porquê que seus irmãos não fugiram, após os primeiros disparos, que vitimaram seus pais. Existem várias teorias sobre isso, no entanto a mais provável é que as crianças tenham sido forçadas a ficarem deitadas, assim Ronald conseguiu <a class="reading_link" href="http://minilua.com/10-mortes-ridiculas-que-voce-ja-viu/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">matar todos</a> em suas camas, como se eles estivessem dormindo na hora que <a class="reading_link" href="http://minilua.com/assustador-museu-morte/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">morreram</a>.</div>
<div align="center" style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<em style="line-height: 32px; text-rendering: optimizelegibility;">A arma do crime</em></div>
<div align="center" style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<a href="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/04/amityville-39.jpg" style="color: #254998; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;"><img alt="amityville-39" border="0" height="297" src="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/04/amityville-39_thumb.jpg" style="border: none; margin: 6px !important; overflow: visible; text-rendering: optimizelegibility;" title="amityville-39" width="499" /></a></div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Um <a class="reading_link" href="http://minilua.com/misterio-youtube/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">mistério</a> muito grande envolvendo esse crime é que os vizinhos não foram capazes de ouvir nenhum disparo, algo que é estranho, pois a <a class="reading_link" href="http://minilua.com/armas-futuro-horizonte-perturbador/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">carabina</a> que foi utilizada era extremamente barulhenta e a casa dos vizinhos era próxima. A possibilidade de algum tipo silenciador ter sido usado também foi descartada pelas investigações. Essa é uma grande questão em aberto, pois mais de 10 tiros foram disparados e os vizinhos disseram no depoimento estarem em casa, dessa maneira eles deveriam ter ouvido algum dos tiros, mas por alguma razão <a class="reading_link" href="http://minilua.com/misterio-dyatlov-pass/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">inexplicável</a> eles não ouviram…</div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Parece que a casa número 112 da Avenida Ocean não era um local dos mais acolhedores, porém depois dos crimes parece que a residência se tornou ainda pior. </div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Apesar de um dos <a class="reading_link" href="http://minilua.com/piores-massacres-escolas/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">crimes mais misteriosos e sinistros</a> da história ter sido cometido na casa 112 da Avenida Ocean, ela foi vendida logo após o acontecido, em dezembro de 1975, para a família Lutz, que era composta por George e Kathleen, além de seus três filhos.</div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Os Lutz diziam não estarem incomodados com o que ocorreu na casa, mas logo que começaram a viver lá levaram um padre para benzer a residência. Durante a benção, o padre afirma ter ouvido uma voz, que dizia para irem embora, porém ele não relatou isso <a class="reading_link" href="http://minilua.com/inusitados-engracados-albuns-familia/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">a família</a> inicialmente, apenas recomendou que eles não usassem o quarto onde o fenômeno havia ocorrido.</div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Mesmo com a benção, a família não conseguiu viver e abandonou a residência apenas 28 dias após terem entrado nela, pois muitas coisas <a class="reading_link" href="http://minilua.com/maiores-misterios-humanidade-23/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">estranhas atormentavam a todos</a>, como gritos, som de tiros e <a class="reading_link" href="http://minilua.com/top-5-famosas-fotos-fantasmas-2/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">aparições de fantasmas.</a></div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Sem uma família vivendo no local, vários caça fantasmas iniciaram suas investigações no local e diversos <a class="reading_link" href="http://minilua.com/lugares-assustadores-terra/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">fenômenos sobrenaturais</a> foram documentados na casa. O acontecimento mais famoso foi registrado em foto, onde se pode ver claramente uma criança espiando o fotógrafo de um dos quartos:</div>
<div align="center" style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<a href="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/04/amityville-16.jpg" style="color: #254998; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;"><img alt="amityville-16" border="0" height="350" src="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/04/amityville-16_thumb.jpg" style="border: none; margin: 6px !important; overflow: visible; text-rendering: optimizelegibility;" title="amityville-16" width="500" /></a></div>
<div align="center" style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<a href="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/04/amityville-041.jpg" style="color: #254998; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;"><img alt="amityville-04" border="0" height="357" src="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/04/amityville-04_thumb1.jpg" style="border: none; margin: 6px !important; overflow: visible; text-rendering: optimizelegibility;" title="amityville-04" width="500" /></a></div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Muitas pessoas acreditam que a criança <a class="reading_link" href="http://minilua.com/videos-impressionantes-fantasmas-2/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">da imagem seja um dos irmãos mortos</a> da família Defoe que ainda vaga pelo local.</div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Após tudo isso, a <a class="reading_link" href="http://minilua.com/casas-mal-assombradas-ao-redor-mundo/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">casa ficou muito famosa</a> e diversas pessoas iam até lá para visita-la. Dessa maneira ela teve que passar por reformas para perder a aparência que todos conheciam. Hoje a fachada está bem diferente do que era na época do crime:</div>
<div align="center" style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<em style="line-height: 32px; text-rendering: optimizelegibility;">Antes e depois</em></div>
<div align="center" style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<a href="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/04/cd0b4f60c.jpg" style="color: #254998; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;"><img alt="cd0b4f60c" border="0" height="229" src="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2011/04/cd0b4f60c_thumb.jpg" style="border: none; height: 229.59375px; margin: 6px !important; overflow: visible; text-rendering: optimizelegibility; width: 620px;" title="cd0b4f60c" width="620" /></a></div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
Todos os <a class="reading_link" href="http://minilua.com/videos-impressionantes-fantasmas-1/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">mistérios</a> que envolvem esse crime jamais serão respondidos, só sabe-se que algo realmente bizarro aconteceu nessa casa estranha e isso a deixou ainda mais esquisita do que era, tornando ela um dos <a class="reading_link" href="http://minilua.com/lugares-assustadores-terra/" style="border-bottom-color: rgb(133, 169, 232); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333337; line-height: 32px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: none; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;" target="_blank">lugares mais misteriosos do mundo</a>.</div>
<div style="color: #002233; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 29px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-rendering: optimizelegibility; word-wrap: break-word;">
<br /></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-13572099667655838182013-08-09T15:03:00.001-03:002013-08-09T15:03:45.379-03:00Per Populum ad Popula<div style="background-color: white; color: #222222; font-size: 13px; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="color: navy;"><span style="font-family: Arial;">Abaixo uma compilação com 100 obras, entre autores brasileiros e estrangeiros, escolhidas entre os 10 mil títulos disponíveis no </span><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp" style="font-family: Arial;">Portal Domínio Público</a><span style="font-family: Arial;">. A lista, traz desde livros seminais, formadores da cultural ocidental, como “</span><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>Arte Poética</i></span><span style="font-family: Arial;">”, de Aristóteles, até o célebre “</span><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>Ulisses</i></span><span style="font-family: Arial;">”, de James Joyce, considerado um dos livros mais influentes do século 20, além de clássicos brasileiros e portugueses. Todo o acervo do portal DP é composto por obras em domínio público ou que tiveram seus direitos de divulgação cedidos pelos detentores legais.</span></span></span></b></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-size: 13px; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="color: navy;"><span style="font-family: Arial;">No Brasil, os direitos autorais duram setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subsequente à morte do autor. </span></span></span></b></div>
<span style="background-color: black; color: white;">Clique no nome da obra para fazer o download do arquivo no formato .pdf (sugiro o <a href="http://blog.kowalczyk.info/software/sumatrapdf/download-free-pdf-viewer.html">Sumatra</a>, que é pequeno, leve e rápido para ler arquivos .pdf e que também lê .cbz; .cbr e .epub)</span><br />
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; font-size: 13px;">
<br /></div>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2203" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Divina Comédia </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Dante Alighieri</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=5246" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Ulysses </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— James Joyce</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16641" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Metamorfose </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Franz Kafka</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=17707" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Don Quixote. Vol. 1 </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Miguel de Cervantes Saavedra</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=17708" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Don Quixote. Vol. 2 </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Miguel de Cervantes Saavedra</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2239" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Cândido </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Voltaire</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2260" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Uma Estação no Inferno </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Arthur Rimbaud</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2271" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Iluminuras </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
—Arthur Rimbaud</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=3407" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Esfinge sem Segredo </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Oscar Wilde</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2202" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Viagens de Gulliver </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Jonathan Swift</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=3449" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Poemas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Safo</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2256" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Elixir da Longa Vida </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Honoré de Balzac</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2235" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Arte Poética </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Aristóteles</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2000" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Via—Láctea </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Olavo Bilac</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7565" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">As Viagens </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Olavo Bilac</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2061" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Contos para Velhos </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Olavo Bilac</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1803" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Mensageira das Violetas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Florbela Espanca</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2786" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Poemas Selecionados </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Florbela Espanca</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1802" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Livro de Mágoas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Florbela Espanca</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7531" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Charneca em Flor </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Florbela Espanca</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7534" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Livro de Sóror Saudade </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Florbela Espanca</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7532" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Livro D’ele </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Florbela Espanca</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=15723" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Guardador de Rebanhos </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Fernando Pessoa</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16090" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Poemas de Fernando Pessoa </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Fernando Pessoa</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16598" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Poemas de Álvaro de Campos </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Fernando Pessoa</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16549" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Poemas de Ricardo Reis </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Fernando Pessoa</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=15727" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Primeiro Fausto </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Fernando Pessoa</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=24206" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Eu Profundo e os Outros Eus. </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Fernando Pessoa</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=19803" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Pastor Amoroso </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Fernando Pessoa</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1790" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Cidade e as Serras </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Eça de Queirós</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: left;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1792" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Os Maias </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Eça de Queirós</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2198" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Contos </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
—Eça de Queirós</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7529" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Ilustre Casa de Ramires </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Eça de Queirós</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1794" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Relíquia </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Eça de Queirós</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1791" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Crime do Padre Amaro </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Eça de Queirós</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1789" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Cartas D’Amor — O Efêmero Feminino </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Eça de Queirós</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16725" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Vozes d’África </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Castro Alves</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16727" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Os Escravos </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Castro Alves</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2086" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Navio Negreiro </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Castro Alves</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2021" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Espumas Flutuantes </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Castro Alves</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1772" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Eu e Outras Poesias </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Augusto dos Anjos</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=5031" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Eterna Mágoa </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Augusto dos Anjos</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1800" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Os Sertões </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Euclides da Cunha</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2112" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Canção do Exílio </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Antônio Gonçalves Dias</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1888" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Dom Casmurro </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Machado de Assis</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16953" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Memórias Póstumas de Brás Cubas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Machado de Assis</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2042" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Esaú e Jacó </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Machado de Assis</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1949" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Quincas Borba </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Machado de Assis</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1878" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Contos Fluminenses </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Machado de Assis</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16957" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Alienista </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Machado de Assis</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1920" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">As Academias de Sião </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Machado de Assis</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2037" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Memorial de Aires </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Machado de Assis</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2347" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Romeu e Julieta </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— William Shakespeare</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2353" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Comédia dos Erros </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— William Shakespeare</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2343" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Megera Domada </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— William Shakespeare</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2341" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Macbeth </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— William Shakespeare</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=5346" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Hamlet </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— William Shakespeare</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2344" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Otelo, O Mouro de Veneza </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— William Shakespeare</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2354" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Mercador de Veneza </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— William Shakespeare</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2349" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Antônio e Cleópatra </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— William Shakespeare</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2357" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Ricardo III </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— William Shakespeare</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16841" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Os Lusíadas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Luís Vaz de Camões</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1871" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Redondilhas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Luís Vaz de Camões</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1869" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Canções e Elegias </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Luís Vaz de Camões</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2003" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Carta </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Pero Vaz de Caminha</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2650" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Fausto </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Johann Wolfgang von Goethe</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1732" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Lira dos Vinte Anos </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Álvares de Azevedo</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1734" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Noite na Taverna </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Álvares de Azevedo</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2100" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Poemas Irônicos, Venenosos e Sarcásticos </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Álvares de Azevedo</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2098" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Obras Seletas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Rui Barbosa</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2204" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Volta ao Mundo em Oitenta Dias </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Júlio Verne</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2654" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Odisseia </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Homero</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2653" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Iliada </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Homero</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2127" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">História da Literatura Brasileira </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— José Veríssimo Dias de Matos</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2301" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Utopia </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Thomas Morus</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: left;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1856" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Carne </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Júlio Ribeiro</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2255" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Édipo—Rei </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Sófocles</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7616" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Alma Encantadora das Ruas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— João do Rio</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16987" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Memórias de um Sargento de Milícias </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Manuel Antônio de Almeida</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16517" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Dama das Camélias </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Alexandre Dumas Filho</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1777" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Sonetos e Outros Poemas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Bocage</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16110" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Dança dos Ossos </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Bernardo Guimarães</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16580" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Escrava Isaura </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Bernardo Guimarães</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2095" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Orgia dos Duendes </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Bernardo Guimarães</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1827" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Seleção de Obras Poéticas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Gregório de Matos</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2140" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Contos de Lima Barreto </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Lima Barreto</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1861" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Homem que Sabia Javanês e Outros Contos </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Lima Barreto</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1867" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Triste Fim de Policarpo Quaresma </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Lima Barreto</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2078" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Diário Íntimo </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Lima Barreto</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1788" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">O Livro de Cesário Verde </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— José Joaquim Cesário Verde</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7383" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Brás, Bexiga e Barra Funda </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Alcântara Machado</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2293" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Schopenhauer </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Thomas Mann</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2222" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Capital Federal </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Artur Azevedo</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=6776" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Antigonas </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Sofócles</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2101" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Poesia Interminável </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Cruz e Sousa</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1738" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Antologia </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Antero de Quental</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7524" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Conquista </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Coelho Neto</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2173" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">As Primaveras </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Casimiro de Abreu</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1784" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">Carolina </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Casimiro de Abreu</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2249" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Desobediência Civil </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Henry David Thoreau</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial; text-align: right;">
<b><a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2232" style="color: #1155cc;" target="_blank" wotsearchprocessed="true">A Princesa de Babilônia </a><div style="cursor: pointer; display: inline-block; height: 16px; position: absolute; visibility: hidden; width: 16px;" wotsearchtarget="dominiopublico.gov.br">
</div>
— Voltaire</b></h6>
<h6 style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial;">
<b><br /></b></h6>
<h2 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Para ler mais: <a href="http://blogs.mundolivrefm.com.br/mundodeletras/2011/08/29/portal-dominio-publico-disponibiliza-download-de-livros-gratis/">Um Mundo de Letras</a></span></b></h2>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-16217222820293851712013-05-30T04:14:00.003-03:002013-05-30T04:14:51.199-03:00VALE A PENA<h4>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Você chora, grita, sente-se só; alguns se mutilam e outros até se matam.</span></div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
Não julgue quando você vir alguém assim, afinal um você pode passar pelo mesmo, ou até passou. Tenho certeza que uma vez na vida você se sentiu incrivelmente sozinho, e isso doeu. Você teve uma saudade tão grande que fechou sua garganta, seu rosto ficou pálido, e a sua boca seca, pois nem vontade de sair do quarto você teve…</div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
Você lembra o porquê de tudo isso? Saudades de um namorado que não existe, saudades de um amigo que se foi, ou decepções normais!?</div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
- O importante é que você superou! - Não superou? Então vamos agora! Você nem precisa sair do seu quarto, apenas coloque uma musica que você goste, uma roupa como se você pra melhor festa da sua vida. Já? Se olhe no espelho. E olhe apenas pra dentro dos seus olhos. Depois vire um pouquinho e dance sozinho. Olha pro espelho e diga “foda-se!” ao mundo, ao submundo, ao extra-mundo, ao mundo que não existe, e ao mundo que você tenta fazer existir! Vamos criar um mundo novo juntos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
Ta, nesse mundo novo, todas as ruas tem árvores e as ruas são limpas; as casas são feitas de madeira, e os bancos são feitos com a própria madeira da árvore…</div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
Lá existe um grande balanço onde você estará com quem você mais quer. E se essa pessoa não quer estar com você, imagine a mim: como seu amigo te dando carinho… Assim como você eu também sinto falta disso, vamos morar juntos? No nosso novo mundo!</div>
</span></h4>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><a href="http://edubabinsk.tumblr.com/tagged/meustextos!">Edu Babinsk</a></span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-56604695186618470532013-02-28T06:45:00.002-03:002013-02-28T06:45:38.282-03:00Suicídio Planejado<div style="text-align: right;">
<a href="http://minilua.com/contos-minilua-suicidio-planejado-78/"><strong style="background-color: black; color: #c0c4cf; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; list-style: none none; word-wrap: break-word;">Por</strong><span style="background-color: black; color: #c0c4cf; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 27px;">: Juliana Lopes</span></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div>
<table align="left" cellpadding="0" cellspacing="0" hspace="0" vspace="0">
<tbody>
<tr>
<td align="left" style="padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" valign="top">
<div style="line-height: 46.55pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-element-anchor-horizontal: column; mso-element-anchor-vertical: paragraph; mso-element-linespan: 3; mso-element-wrap: around; mso-element: dropcap-dropped; mso-height-rule: exactly; mso-line-height-rule: exactly; page-break-after: avoid; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 56pt;">C<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">omunico
aqui, a minha morte.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">Ela ser</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> realizada
em um quarto pouco iluminado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">Haver</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> um bilhete
longo, pois sempre que escrevo acabo exagerando.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">O bilhete vai falar basicamente das coisas que vivi: da minha ang</span><span style="font-size: 13.5pt;">ú</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">stia, dos meus amores, das
tentativas in</span><span style="font-size: 13.5pt;">ú</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">teis de
mudar, do meu fracasso como pessoa, da car</span><span style="font-size: 13.5pt;">ê</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">ncia, da fragilidade, entre outras coisas vai falar de tudo que eu
sou e porque cheguei a me matar</span><span style="font-size: 13.5pt;">…</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">Tamb</span><span style="font-size: 13.5pt;">é</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">m ter</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> uma parte com pedido de desculpas
aos meus pais e parentes</span><span style="font-size: 13.5pt;">…</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> Sabe como </span><span style="font-size: 13.5pt;">é</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">... pra n</span><span style="font-size: 13.5pt;">ã</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o dizerem que fui ego</span><span style="font-size: 13.5pt;">í</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">sta depois</span><span style="font-size: 13.5pt;">…</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> Sei que poucos v</span><span style="font-size: 13.5pt;">ã</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o entender o real motivo, pois
poucos sabem as verdadeiras raz</span><span style="font-size: 13.5pt;">õ</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">es de um
suicida</span><span style="font-size: 13.5pt;">…</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">Pois bem, estes que entendem de certo s</span><span style="font-size: 13.5pt;">ã</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o as pessoas mais queridas por mim.
A eles um beijo especial e um forte abra</span><span style="font-size: 13.5pt;">ç</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o, eu juro que tentei, mas n</span><span style="font-size: 13.5pt;">ã</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o foi poss</span><span style="font-size: 13.5pt;">í</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">vel. Acho
que um dia voc</span><span style="font-size: 13.5pt;">ê</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">s v</span><span style="font-size: 13.5pt;">ã</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o me entender</span><span style="font-size: 13.5pt;">…</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">Voltando a minha morte, ela ser</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> realizada num quarto pouco iluminado, a luz vir</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> de um pequeno abajur do lado
direito da cama. Eu o uso para ler a noite, </span><span style="font-size: 13.5pt;"> </span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">e </span><span style="font-size: 13.5pt;">é</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> o que eu
estarei fazendo antes da morte vir me buscar</span><span style="font-size: 13.5pt;">…</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">Do lado direito tamb</span><span style="font-size: 13.5pt;">é</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">m haver</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> um vidro
com rem</span><span style="font-size: 13.5pt;">é</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">dios, uma
corda, uma sacola pl</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">stica e um
estilete. Terei v</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">rias op</span><span style="font-size: 13.5pt;">çõ</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">es, mas por fim escolherei o
estilete, pois as l</span><span style="font-size: 13.5pt;">â</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">minas
sempre me seduziram.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">É</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> bem
verdade que eu vou pensar em desistir in</span><span style="font-size: 13.5pt;">ú</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">meras vezes, mas ao lembrar da vida infeliz e fracassada que terei
pela frente, a morte ser</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> o menor
dos males</span><span style="font-size: 13.5pt;">…</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> A morte ir</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> me envolver com seus bra</span><span style="font-size: 13.5pt;">ç</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">os, e juntas dan</span><span style="font-size: 13.5pt;">ç</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">aremos uma valsa leve e s</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">dica, na qual verei todos os
momentos felizes que tive durante toda minha vida</span><span style="font-size: 13.5pt;">…</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">Ela ser</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> boa comigo
e me levar</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> pairando
no ar para visitar aqueles que amo, e me permitir</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> abra</span><span style="font-size: 13.5pt;">çá</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">-los bem
forte, mesmo que eles n</span><span style="font-size: 13.5pt;">ã</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o sintam.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">Ao meu amor, olharei no profundo dos seus olhos e direi o quanto o
amo, e o quanto desejo a sua felicidade, </span><span style="font-size: 13.5pt;">é</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> fato que voc</span><span style="font-size: 13.5pt;">ê</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> n</span><span style="font-size: 13.5pt;">ã</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o ver</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> e nem me ouvir</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">, mas sua
alma vai ver a minha pelos seus olhos, e no seu </span><span style="font-size: 13.5pt;">í</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">ntimo voc</span><span style="font-size: 13.5pt;">ê</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> perceber</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> a minha falta.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">Bem verdade que nada adiantar</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> quando esse dia chegar, sei que muitos chorar</span><span style="font-size: 13.5pt;">ã</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o de verdade, e a estes eu desejo
profundamente o conforto. Aos falsos, desejo que sejam felizes e que jamais
passem pelo que eu passei.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">Anuncio que minha morte ser</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> realizada num quarto pouco iluminado, a data ainda n</span><span style="font-size: 13.5pt;">ã</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o est</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> marcada, mas pe</span><span style="font-size: 13.5pt;">ç</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">o
humildemente que quando este dia chegar; que voc</span><span style="font-size: 13.5pt;">ê</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">s possam ir ao meu vel</span><span style="font-size: 13.5pt;">ó</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;">rio e ao meu enterro, e eu estarei l</span><span style="font-size: 13.5pt;">á</span><span style="font-family: 'bulkyRefuse Type'; font-size: 13.5pt;"> sorrindo e desejando a felicidade de todos...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: xx-small;"><a href="http://www.paraninguemcartas.blogspot.com.br/">*frankj costa*</a></span></div>
<br />
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-71148508649523690722013-02-04T09:30:00.001-03:002013-02-04T09:31:32.215-03:00Sob o olhar do cão<br />
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Acordou no meio da noite com seu cachorro latindo, pedindo por comida e atenção. “Maldito cão!" foi o que passou pela cabeça dela enquanto se levantava e procurava pelos chinelos em meio à escuridão. Ultimamente seu cachorro havia lhe enchido a paciência muito mais do que quando jovem. Agora velho e cego, muito de sua alegria se esvaira; embora continuasse dócil e amável como sempre fora, não tinha mais o hábito de pular e sair correndo toda vez que ela entrava em seu quintal.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Agora passava o dia inteiro sentado em frente ao batente da porta que dava acesso ao seu lar, implorando por qualquer coisa que o distraísse de sua velhice e da inevitabilidade da morte. Ellie abriu o armário da cozinha e retirou um saco de pão velho e amassado. Repartiu o pão em pequenos pedaços mecanicamente, um ritual ao qual já estava acostumada. Olhou para o relógio do micro-ondas enquanto jogava os pedaços em uma tigela e ele lhe mostrou que eram três e trinta e três da manhã. “Droga! Devia esganar esse desgraçado!" foi o seu pensamento antes de abrir a porta.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">O luar iluminava o quintal com sua pálida luz azulada, como se houvesse uma gigantesca bola de neon celestial. Ellie esperava ver seu cachorro em seu lugar usual, logo em frente à porta, onde ela até havia colocado uma almofada, mas ele não estava lá. Ela vasculhou o quintal com o olhar e descobriu seu cachorro sentado ereto no centro, com o rosto virado para o canto oposto. Mesmo com a visão parcialmente nublada pelo sono Ellie percebeu que aquela não era uma posição normal para qualquer animal, muito menos para um cão velho. Era… reta demais, humana demais. Ele também mal se mexia, parecia até que não respirava, mas naquela semi-escuridão ela concluiu que seria difícil enxergar qualquer movimento de seu corpo.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Mesmo assim, era um comportamento anormal que ele estava apresentando. Ellie deu dois passinhos inseguros e timidamente disse: – Charles…? Trouxe um lanchinho para você. A princípio ele não reagiu, mas depois de um tempo ele lentamente virou o corpo. Charles estava com uma expressão estranha, apática, que mesmo cego ela nunca havia visto ele ter. Parecia que não estava realmente ali, que estava em algum tipo de transe. Ele só virou metade do corpo e parou todo retorcido em uma posição que não tinha como ser confortável. Então ele lentamente levantou a cabeça e olhou para ela.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Ellie não sabia como, mas tinha certeza que o olhar cego de Charles estava fixo no rosto dela. E depois ele… sorriu. Não era bem um sorriso; ele simplesmente colocou a língua para fora, como todo cão faz. Mas Ellie tinha certeza de que ele estava sorrindo e olhando para ela, quase como se soubesse de alguma coisa. Subitamente, Ellie ficou assustada e largou a tigela no chão enquanto voltava para dentro de casa. Trancou bem a porta que dava acesso ao quintal e voltou para cama. "Está sendo tola! Não há nada de errado com ele!” foi o que ela repetidamente se forçou a pensar, mas o sono não voltava.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">A imagem de seu cachorro negro sorrindo com aqueles olhos leitosos voltados para ela estava queimada em sua mente e ela não conseguia ver mais nada.. Só foi ficar tranquila mais ou menos uma hora depois, quando ouviu o som de Charles mastigando o pão. "Está tudo bem, ele só estava com fome” foi seu último pensamento antes de adormecer profundamente.</span></div>
<h2 class="b1" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; list-style: none none; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">
******</span></h2>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Na manhã seguinte Ellie acordou se sentindo muito mais calma, apesar do cansaço. Tinha certeza de que estava tudo bem com seu cachorro; ele só estava passando por uma fase difícil. Ela foi até o quintal para retirar a tigela de pão e talvez brincar um pouco com ele.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Chegando lá, novamente ele não estava em seu lugar de costume. A tigela continuava onde ela a havia deixado, mas não conseguia ver Charles em parte alguma. “Ele deve estar em algum lugar nos fundos, se protegendo do sol”. Continuou a procurar por todos os cantos enquanto pegava a tigela. Foi então que uma súbita e aguda dor subiu pela sua mão, tão repentina que a fez largar a tigela, que se espatifou no chão. Ellie olhou para o local dolorido e viu um inchaço começando a se formar ao redor de um minúsculo ponto preto em sua mão. Então olhou para a tigela quebrada e viu centenas de formigas correndo desesperadas ao redor dos cacos e dos restos de pão. “Mas… ontem eu tenho certeza que o ouvi mastigando…”</span></div>
<div align="center" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<a href="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2012/08/c%C3%A3o.jpg" id="tmp-27.707418450154364" rel="nofollow" style="display: block; line-height: 30px; list-style: none none; overflow: visible; text-decoration: initial; word-wrap: break-word;" target="_blank"><span style="background-color: white; color: black;"> <img alt="" class="alignnone wp-image-180459" height="318" src="http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2012/08/c%C3%A3o.jpg" style="border: none; margin: 6px !important; opacity: 0.55; overflow: visible;" title="cão" width="400" /></span></a></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Houve um único latido vindo lá do fundo. Lá, Charles estava nas sombras, quase impossível de se ver a não ser pelo branco dos olhos. Ele arfava ruidosamente, e Ellie podia ouvir a saliva pingando de sua língua. Novamente, aquela sensação de estar sendo observada pelo seu cão cego se apoderou dela. Ela começou a se sentir nauseada e quis ir embora. O arfar dele parecia muito com uma risada e os olhos… Bem, estavam muito brilhantes. Muito mais do que ela se recordava. Antes de ela fechar a porta atrás de si, Charles latiu mais duas vezes, uma logo atrás da outra, como se estivesse enviando um “tchau, tchau”.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Ellie não visitou Charles novamente pelo resto do dia. No dia seguinte, antes de ir trabalhar, ela deixou um pouco de comida ao lado da porta, mas não o viu em parte alguma. Notou, porém, que havia chumaços de pelo aqui e ali. “Deveria levá-lo ao veterinário. Talvez ele esteja com alguma doença". O trabalho exigia que ela se concentrasse de tal maneira que a fez esquecer tudo sobre seu cachorro. Quando voltou para casa no final da tarde, Ellie já não pensava mais no estranho comportamento de Charles. – Ellie? Ela levou um susto quando ouviu alguém lhe chamando por trás, mas era apenas seu vizinho, Edu. Ele estava com uma cara bastante consternada. – Nossa Edu, você me assustou! O que foi? O que aconteceu? – Ellie, você viu o Tomi?</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Ele sumiu de casa já faz quase dois dias. – Ah, desculpe, Edu, mas não o vi não. Ele não costuma sair de casa de vez em quando? – Sim, mas não por tanto tempo. Se você o vir, liga direto para esse número, ok? Ele estendeu uma folha de papel com uma foto impressa do gato preto e um número de celular. Embaixo da foto estava escrito: "Você viu esse gato? Favor ligar para o número abaixo caso o tenha avistado”. – Pode deixar Ed. Boa sorte nas buscas. – Brigado. Enquanto Edu saía para interrogar os outros vizinhos, o namorado de Ellie, Marcos, chegou. Ele estacionou seu carro vermelho em frente à casa dela e desceu. – Ei querida, como está? – ele perguntou depois de um breve beijo. – Mais ou menos.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Hoje foi um dia estressante. Importa-se de a gente pedir alguma coisa ao invés de cozinhar? – Não, não, sem problema. A noite transcorreu normal. Eles comeram comida chinesa e assistiram comédias bobas na TV. Charles também voltara a ser o que era antes. Até mesmo voltou ao seu lugar especial em frente ao batente da porta. Ellie então pode relaxar e ter um pouco de paz. Quando era quase meia-noite, os dois subiram para se deitar.</span></div>
<h2 class="b1" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; list-style: none none; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">
****** </span></h2>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Enquanto Ellie e Marcos faziam amor, Charles começou a choramingar. A principio isso não a incomodou, mas o ganido foi ficando mais e mais alto até que ela não conseguiu mais aguentar. </span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">- Marcos, sai, eu tenho que ver o que há de errado com o Charles. </span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">- Ele só quer comida, El, você sabe disso- Ele disse enquanto arfava. </span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">- Mas eu tenho que ver assim mesmo. Depois a gente termina, Marcos. Agora sai, por favor. </span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Com um bufo, Marcos saiu de cima dela. Ellie colocou um roupão por cima do corpo e foi até o quintal. Charles novamente estava no centro do quintal, mas desta vez estava inquieto. Ele andava para lá e para cá em um eterno “8” e a cada volta soltava um choramingo agudo. Assim que ela saiu da casa, porém, ele parou de ganir e começou a rosnar. Eram rosnados curtos mas que iam aumentando de intensidade. Quase como se ele fosse gritar a qualquer momento. Ellie não conseguia fazer nada, estava hipnotizada pelo andar de seu cão. Charles parou no meio de uma volta e a encarou. </span><br />
<span style="background-color: white;"> </span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Novamente aquele olhar cego, novamente aquele sorriso. Ellie não conseguia ver mais nada. A imagem de seu cão sorridente ocupava quase tudo em sua mente. Teve uma hora que ela pensou ter ouvido “Meu bem? O que aconteceu…?” mas logo a imagem de Charles era tudo o que importava. Seu sorriso era tudo o que importava. Então ela acordou.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Estava deitada sozinha no quarto, ainda de roupão e meio molhada de alguma coisa pastosa. O quarto estava escuro, de modo que ela não conseguia ver o que era aquela coisa. Cheirou-a e sentiu o cheiro de salíva canina, o que lhe deu certo alívio, apesar de não se lembrar de ter brincado com Charles. Ela nem sequer se lembrava de como havia chegado alí. Chamou por Marcos, mas não ouviu resposta. “Ele deve ter ido para casa depois que eu dormi” pensou. Foi então que ouviu uma batida muito forte em sua porta da sala. Olhou pela janela do quarto e viu dois policiais parados em frente a sua casa, esperando impacientes que ela os atendesse. Ellie enrolou bem o roupão ao seu redor e abriu levemente a porta.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">- Posso ajudá-los? – Senhora recebemos reclamações de gritos vindos dessa residência. A senhora mora sozinha aqui? Tem mais alguém na casa? perguntou um dos policiais com uma cara fechada e pouco amigável.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">- Sim, moro sozinha aqui. Meu namorado Marcos veio essa noite mas já foi embora… </span><br />
<span style="background-color: white;">Foi então que Ellie olhou para a rua e viu, bem ali em frente a sua casa. O carro de Marcos ainda estava lá. Os policiais se entreolharam frente a hesitação de Ellie, e o outro deles falou:</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">- Senhora, se não se importar, gostaríamos de dar uma olhada em sua casa… meu Deus!! Enquanto falava o policial já abria a porta, permitindo um pouco da luz da rua iluminar Ellie. Ela se olhou e percebeu que o líquido pastoso que cobria metade do seu roupão e boa parte de seu corpo era sangue. Ellie entrou em desespero, mas não pode ir a lugar nenhum pois os guardas a prenderam ali mesmo. Ela tentou dizer alguma coisa, mas estava sem palavras. Não sabia de onde vinha aquele sangue, mas com certeza não era seu. Um dos policiais a jogou bruscamente no sofá, fazendo-a cair de bruços. O outro se aproximou de sua orelha e, com uma voz ameaçadora, perguntou:</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">- Muito bem, agora me diga, onde está esse seu namorado?</span><br />
<span style="background-color: white;">Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Charles uivou. Um uivo sobrenatural, forte e penetrante, que imobilizou todos na sala. Nenhum cachorro normal deveria ser capaz de reproduzir tal som. Ellie levantou levemente a cabeça e olhou para a sala de jantar.</span><br />
<span style="background-color: white;">A porta que dava acesso ao quintal estava aberta. Charles estava novamente parado e ereto no centro. Seus olhos cegos estavam vidrados nela e o maior sorriso que ela já vira em um cão deformava o seu rosto.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Ela esqueceu de tudo. Os policiais, o sangue, nada mais importava. Só o que importava era o sorriso maníaco de Charles. Era tudo o que ela via e era tudo o que precisava. Quando afinal sua mente clareou, Ellie se viu deitada de costas no quintal, com dor em todos os membros do corpo, como se tivesse participado de uma luta. Haviam pedaços de tecido rasgado em sua mão esquerda, um pedaço de papel na mão direita e o luar brilhando forte no céu.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Ela se sentou e examinou o tecido. Parecia ser azul e, entre os pedaços, havia um distintivo. Olhando ao redor, viu várias tiras de tecido do mesmo tipo, todos empapados de sa...Então ouviu um latido curto, quase um espirro, bem atrás dela. Ellie se virou.</span><br />
<span style="background-color: white;">Charles estava sentado a meio metro dela. O sangue brilhava refletindo o luar em seu corpo e ao redor da mandíbula. Apenas os olhos não estavam sujos. O branco deles estava mais forte do que nunca. Eram lanternas de pura loucura irradiando de seu pequeno cão.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">Ellie não teve forças para correr. Nem sequer teve forças para gritar quando ele avançou, a boca aberta e a baba escorrendo, em direção a sua garganta…</span></div>
<h2 class="b1" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; list-style: none none; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">
******</span></h2>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: white;">No dia seguinte a manchete de todos os jornais locais era: “CHACINA EM CASA NO SUBÚRBIO. MULHER ALIMENTAVA CACHORRO COM PARTES HUMANAS”. Logo abaixo da manchete havia uma foto de Charles, encontrada na mão direita do corpo de Ellie. Na foto, Charles estava sentado ereto, com os olhos brancos voltados para a câmera. Algumas pessoas que leram os jornais naquele dia poderiam jurar que Charles estava olhando para elas. E que estava sorrindo.</span></div>
<div style="color: #c0c4cf; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; word-wrap: break-word;">
<br /></div>
<div style="color: #c0c4cf; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 28px; list-style: none none; overflow: visible; padding: 0px 2px; text-align: right; word-wrap: break-word;">
<span style="background-color: black; text-align: left;"><a href="http://minilua.com/contos-minilua-sob-o-olhar-do-cao-22/">Por: Guilherme Matos</a></span></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-66620844524704775262012-12-24T14:19:00.002-03:002012-12-24T14:19:32.407-03:00But I don't believe...<br />
Depois de muitos anos... numa arrumação de natividade, encontro um bilhete teu; cometo o erro de abri-lo, de lê-lo...<br />
Apenas para chorar.<br />
<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Estou aqui.</b></div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Lembre-se de que eu me importo, que você se tornou extremamente especial.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Lembre-se de que não existe perigo em estar sozinho e que não adianta dar voltas ao mundo atrás da sua alma gêmea.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>E não há nada que você possa fazer com relação a isso.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Lembre-se de que você deve se amar acima de tudo, que sua alegria passou a ser também a alegria de outros.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Lembre-se de não mudar por ninguém, de aguentar tudo de cabeça erguida e orgulho nos olhos...</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Lembre-se de que nada e nem ninguém se compara a você.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Lembre-se de que o mundo vai ser sempre filho da puta e que vamos topar sempre com as pessoas erradas, mas temos sempre que ter coragem pra seguir em frente.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Lembre-se de não criar expectativas, mas ao mesmo tempo lembre-se de que se deixar levar pelo amor não tem preço.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Lembre-se de que quanto mais alto se voa, maior será a dor na queda.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Ignore todos os julgamentos porque, no fim, a dor você suporta sozinho.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Lembre-se que seu sorriso ilumina o mundo inteiro, e por esse motivo, lembre-se de sorrir agora.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>E o tempo todo.</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>Ah, e mais uma coisa…</b></div>
</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><div style="text-align: justify;">
<b>lembre-se que eu amo você. Sempre.</b></div>
</span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E me acabo agora em lágrimas, de saudade, de tristeza, de alegria, de frustração.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: x-small;"><i><a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/2012/12/o-reino-das-sombras.html">*frankj costa*</a></i></span></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8810360535792192126.post-23271901912818015492012-11-16T11:20:00.001-03:002012-11-16T11:22:34.663-03:00*Letícia e Eu*<br />
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Fui amigo de uma garota chamada Letícia, nós éramos os melhores amigos na escola. Tinha um professor -de química-, todos nós adorávamos ele. Ele tinha um jeito de falar que encantava a todos, era a aula mais calma que tínhamos. Letícia era que um tanto apaixonada pelo professor Humberto, conversávamos muito sobre isso, riamos muito dessa coisa clichê "</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">aluna-que-é-apaixonada-pelo-professor-que-nem-sabe-que-ela-existe</span><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">", mas o professor Beto (era assim que ela gostava que o chamássemos não era assim, ele conseguia dar uma atenção especial pra cada um de nós, os 30 alunos daquela turma bagunceira que dividia seu tempo entre idas à coordenação pedagógica, as aulas, a cantina e o pátio no intervalo, um dia o professor Beto disse à Letícia que precisava conversar com ela depois da aula. Letícia era a menina mais bonita e inteligente da turma, mas não percebeu... E nós ficamos zoando a menina dizendo que o Professor Beto ia se declarar pra ela...</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Depois da aula, o professor drogou-a e a levou de carro pra um bairro distante, num terreno baldio, e estuprou Letícia violentamente. Com medo que ela contasse para alguém, ele a torturou por mais de duas horas, a estrangulou até a morte e a esquartejou, por fim enterrou os pedaços do corpo em sete buracos diferentes. O espírito de Letícia agora vaga por aquele terreno, assombrando os casais que por ventura se atrevam a entrar lá à noite. Agora que você leu a história de Letícia, te peço gentilmente para ajudar o espírito de Letícia a descansar em paz. Cace todos os estupradores do mundo, vigie-os, denuncie-os. Se você não fizer isso, Letícia irá te visitar, e fazer-lhe sentir a dor de ser torturado... Parece coisa de corrente, né Mas deixa eu continuar...</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">No começo, nós não acreditávamos nisso, mas aí as coisas estranhas começaram: Luisa riu da história e disse que a culpa de Letícia ter sido estuprada era da própria Letícia, que se insinuava pro professor. No dia 18 de fevereiro seu corpo foi encontrado em pedaços no quintal da casa da namorada. O mesmo aconteceu com Amanda, encontrada estrupada e morta em casa, no próprio quarto, com portas e janelas trancadas por dentro. Nestes anos após a morte de Letícia, muita coisa estranha começou a acontecer na cidade. Muita gente morrendo de forma bizarra, e sempre tinha alguma ligação com o terreno, ou com Letícia.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Semana passada fui ao terreno baldio -nada conseguia ser construído ali, tentaram-se várias vezes, mas sempre ocorriam estranhos acidentes. Há um ano a prefeitura mandou mura-lo todo, mas no muro sempre aparecia um misterioso buraco, grande o suficiente para uma pessoa passar, até o dia que a prefeitura apenas colocou uma placa dizendo "Perigo. Afaste-se!".</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Era uma noite de lua cheia e céu limpo, eu levava embaixo do braço um tabuleiro oui-ja que comprei num antiquário no centro, na biblioteca eu emprestara um livro sobre magia e o li até saber cada página de cor. Na outra mão uma sacola com outras coisas e meu caderno de anotações, onde eu anotara cada passo e palavra do Rito de Chamada.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Eu pretendia falar com Letícia, pedir que ela parasse com aquilo.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Entrei no terreno e senti um frio intenso cobrir todo o meu corpo 'ela está mesmo aqui' pensei. Fui até o meio do terreno -onde o jornal (que eu guardara desde o evento) dizia ter sido encontrada sua cabeça, com os olhos vazados, a língua cortada, ouvidos perfurados. A cena foi tão pavorosa que nenhum jornal da cidade publicou uma foto sequer.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Fiz de acordo com o manual: cavei uma pequena vala em círculo, derramei sal por toda ela, desenhei os símbolos com um galho verde virgem -recém tirado de uma roseira-brava que a família de Letícia mandara plantas daquele terreno em homenagem a filha -a única planta que viçava por ali. Nem um mato sequer crescia ali.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Coloquei a tábua oui-ja no centro do círculo, acendi os sete incensos, as quatro velas, comecei a recitar a evocação </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">'Ego invocant te, spiritus sufferens, ad manifestandam vestra praesentia in loco isto iacet anima inlaqueaverunt'. </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Não sei como explicar, mas quando terminei a evocação, foi como se o silêncio da noite ficasse ainda mais profundo, quase sólido.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Alguns instantes depois, ouço vindo por de trás de mim uma voz rascada, como a voz pastosa de alguém que acabara de acordar dum sono pesado, profundo. </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">"Estou aqui Ary. Eu sei porque me chamou. Eles tem que pagar."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Não me atrevi olhar pra trás, tinha medo de olhar o espírito da minha amiga. Continuei olhando a tábua oui-ja e meio que senti/ouvi um tipo farfalhar leve e percebi que ela estava à minha frente, do lado de fora do círculo protetor 'graças à Deus, isso funciona!' pensava nervoso enquanto suspirava... Finalmente falei </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">"Lili, o Beto já foi preso. Pegou mais de 70 anos sem condicional. Ele provavelmente vai morrer na cadeia. Então..." o sangue pareceu gelar nas minhas veias quando ouvi aquela voz mofada, triste, dizer </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">"Ele JÁ morreu, Ary. Porque você não me olha? Levanta o rosto!". Eu silenciosamente recitei </span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">'Creator universi dominum, mala res fragiles tueri. Quid mihi obest, non quod vultus ejus.'</span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> e ergui o olhar e então vi: era minha amiga, exatamente como eu me lembrava dela na última vez que a vi... Antes de tudo... Antes ''dele''. </span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">"Lili... Se foi você que pegou o pro... o Beto, porque ainda está por aqui?? Quer dizer, sei-lá! Se você já resolveu seu negócio pendente você não deveria ter atravessado, visto a luz o ou que quer que aconteça com os fantasmas quando eles quebram seus grilhões? Você está livre! Vá!" eu disse olhando dentro daquele olhos cor-de-amêndoa que eu tantas vezes vi rir e chorar e uma dorzinha aguda atravessou meu peito, me fazendo abaixar a cabeça levemente. O que vi me gelou o espírito e quase fechei meus olhos pra não continuar vendo aquilo: sobre a tábua oui-ja estava um triângulo de prata sólida polida, que eu deveria tocar com os dedos a cada recitação. Nele eu pude ver o reflexo de Letícia, mas o reflexo... Não era ela ali! Não como eu lembrava dela. Naquela imagem refletida eu via uma criatura com marcas de cortes profundos, onde vermes transitavam livremente entrando e saindo, via um maxilar quebrado, frouxamente pendurado pelos músculos rompidos, via buracos fundos donde escorria um líquido escuro e denso como óleo de motor, ali onde deveriam estar seus olhos. Segurando a vontade de gritar e fechar o olhos, ou virar a cabeça, respirei profunda e lentamente, me concentrei e recitei outro texto</span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> 'Divinum angelicae potestates, invoco vos ad benigna lux entia, benignitatem, fortitudo et amoris, mihi tribuat, miserum me mortalis, omnia tua tutela contra impium dictitans malum, quod hoc mundo turbato qui subsannat vita quae data est a nascitur creatoris ipsius magistri vos mihi tantum et vagatur iam olim in vita moratus est. Custodi me!'. </span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Tendo terminado a invocação, abri um sorriso que logo murchou em meus lábios ao ouvir a voz gutural, subterrânea, de Letícia dizer "Não posso partir Ary. O verme do Beto é apenas um entre vários outro monstros! E não é ele, nem minha vingança que me mantém aqui Ary. É o amor. O amor que aqui me agrilhoa.".</span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Muito lentamente, ainda com a cabeça baixa, comecei a desenhar os selos em minha palma-de-mão, com a primeira pena caída de uma ave de rapina. Argui: </span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">"Amor Lili?! Por amor você matou tanta gente que nunca te fez coisa alguma? Por amor você persegue a outros casais??". Nem bem terminei de falar e Letícia responde: </span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">"Sim. O amor que você sente por mim.". Foi ai que vento começou a soprar, apagando as velas e buscando desfazer o círculo de proteção e isso tudo reforçado pela voz de Letícia </span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">"E eu quero o meu beijo.". </span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">'Abhorret turbatus spiritu! Striga! Importantis strapae Amxalak vos et tenere profectum vestrum, protegens salutem meam, dans mihi transitum tutum ex hic.'. </span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Vi uma luminescência rubra envolver totalmente Letícia, e no mesmo momento o vento parou, o frio cedeu um pouco. Juntei tudo que havia levado e corri pra fora daquele terreno.</span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">"Eu te amei, Lili, mas você morreu. A vida continua. Você deve seguir adiante, em frente!" foi o que eu disse quando estava do outro lado do muro. Alguns dias depois em ocorrido, comecei a sentir calafrios pelo corpo quando estava sozinho, como se mãos congeladas me agarrassem.</span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Ante ontem tive um sonho onde Letícia aparecia me dizendo </span></i></div>
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<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">"Você não deveria ter me abandonado, Ary. Mas eu sei como resolver isto..." acordei entre tremores e suores frios. Por isso escrevo este relato. Sinto que hoje será meu último dia entre os vivos, e quis partilhar a história de Letícia e a minha. Se não tiverem mais notícias minhas, aos que me conhecem, me procurem em casa, atrás das portas trancadas...</span></i></div>
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<br /></div>
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<i>José de Arymatéia da Silva</i></div>
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<i><br /></i></div>
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<i><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: xx-small;"><a href="http://paraninguemcartas.blogspot.com.br/2012/11/o-bailar-dos-vaga-lumes.html">*frankj costa*</a></span></i></div>
Frankhttp://www.blogger.com/profile/12438090173227291136noreply@blogger.com1